Lubango - A Organização do Pioneiro Angolano (OPA) na Huíla pediu hoje, quarta-feira, ao governo uma solução para reduzir o número de crianças pedintes em vários pontos da cidade do Lubango, situação que viola os “11 Compromissos” a seu favor.
Os compromissos foram adoptados pelo Governo de Angola em 2007 e revistos em 2011, respondendo pelo respeito à sobrevivência, segurança alimentar e nutrição, registo de nascimento, educação da primeira infância, ensino primário, violência, protecção social e competências familiares.
Durante uma visita à Delegação da ANGOP na Huíla, no âmbito da jornada comemorativa do 11 de Novembro e do aniversário da OPA (1 Dezembro), o seu primeiro-secretário, Yuri Monteiro, disse que é necessário dar mais atenção às crianças e apelou aos país a evitarem mandar os filhos às ruas para pedir esmolas.
Fez saber que a organização vive dificuldades, sobretudo as ligadas à aquisição de uniformes para os membros, ressaltando que actualmente sobrevive de quotas “irregulares”, que ao todo fazem um montante entre 40 a 50 mil Kwanzas/mês.
Segundo ele, hoje apartidária, a OPA continua a primar pela inclusão social de crianças com deficiência, contando com perto de três mil membros.
É uma organização de Utilidade Pública que trabalha com crianças angolanas e estrangeiras, com idades compreendidas entre os seis aos 17 anos de idade, na categoria de pioneiros e dos 18 em diante na ordem de guias.
Na Huíla, o governo inaugurou recentemente uma casa de acolhimento denominada “Centro Dia” com capacidade de acolher 150 crianças durante o dia, onde têm direito a três refeições, aprendem ofícios, mas parte delas recolhida nas ruas não se adapta às exigências e acaba fugindo.