Luanda – O Palácio da Música e do Teatro dignifica os artistas das mais variadas áreas e proporciona a componente formação para as artes e de apoio social, afirmou esta sexta-feira, em Luanda, o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau.
A infra-estrutura surgirá da reabilitação e reconversão do antigo edifício da Assembleia Nacional, empreitada a ser executada pela empresa Athena Swiss, do Grupo Mitrelli, numa área de 12.752 metros quadrados.
A empreitada prevê a reformulação do conceito inicial do projecto do Palácio da Música e do Teatro, para albergar uma unidade residencial e de cuidados para os artistas seniores, inspirada na Casa do Artista de Lisboa.
Segundo o ministro, que falava na cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção do Palácio da Música e do Teatro, este empreendimento constituirá o ponto mais alto para a defesa e dignidade dos artistas nacionais, principalmente quando deixarem ou ficarem impossibilitados de exercer as suas actividades artísticas e profissionais.
Por seu turno, o governador de Luanda, Manuel Homem, enalteceu a criação do espaço, afirmando que há muito tempo os artistas nacionais mereciam ter o seu próprio espaço.
"Hoje, os fazedores de cultura, infelizmente, fazem os seus espectáculos em lugares emprestados”, disse o governante, para quem o Palácio da Música e do Teatro vai mudar essa realidade.
Presente na cerimónia, o presidente da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), Zeca Moreno, destacou a importância da infra-estrutura, cujo condão consiste em dignificar os fazedores das artes, proporcionando um melhor lugar para apresentação e acomodação.
O edifício foi erguido no tempo colonial, altura em que funcionava como o cinema -teatro, estúdio e restauração. Em 1975, depois da proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro, foi convertido no Palácio dos Congressos e sede da Assembleia Nacional (Parlamento).
Construídas há mais de 60 anos, as instalações foram projectadas pelos irmãos arquitectos João e Luís Garcia de Castilho.
Dado o seu valor histórico, a obra visa a recuperação e adaptação do Edifício Central para um novo uso, mas tendo em conta a salvaguarda da dignidade do espaço, preservação arquitectónica, assim como a promoção e dinamização da cultura e do lazer.
As obras terão a duração de dois anos. No final, o Palácio da Música e do Teatro terá uma sala de teatro com capacidade para 600 pessoas, sala de eventos e exposições, uma área administrativa e de suporte e um estacionamento.
Já a casa do Artista contará com uma esplanada, estacionamento e albergará um total de 80 artistas seniores. LIN/OHA