Luanda – Uma parte do Rio Seco, no bairro da Maianga, município de Luanda, encontra-se degradado e com grande quantidade de lixo por falta de manutenção, constatou hoje, sábado, a ANGOP no local.
Situada na travessa entre as ruas Dr Aires de Menezes e Dr Tome Agostinho das Neves ( da antiga administração do bairro da Maianga) a vala assim como ponte que liga as duas estradas encontra-se degradada.
A ANGOP constatou que a ponte sobre o Rio Seco tem as bases de betão corroídas e uma cratera surgiu por baixo, desviando o curso normal das águas residuais.
A mesma vala tem servido de depósito de lixo e de casa de banho para transeuntes e moradores de rua, dificultando a travessia da vizinhança devido ao mau cheiro e a imagem de gente semi-nua agachada na vala.
A moradora da Maianga, Julieta de Almeida, agastada lamentou o facto de a ponte estar a degradar-se a olhos nus e a administração manter-se indiferente diante do facto.
“ Houve a deslocação de uma laje mesmo em baixo da ponte que desvia o curso normal da água, pois é visível a diferença entre a quantidade de líquido que escorre de um lado da vala e a que chega na outra parte”, desabafou.
João Cardoso, morador das imediações, referiu que o facto de a água não seguir o seu curso normal vai causar muitos danos quando começarem as grandes chuvas.
De acordo com o munícipe, para além do desvio do curso da água e o lixo depositado na vala, a ponte encontra-se em estado de abandono por parte da administração.
Elisa de Oliveira, empregada doméstica, que também faz o mesmo percurso todos os dias, lamentou o facto de a ponte não ter manutenção e a água ter encontrado outro caminho para desaguar.
Em sua opinião, alguém tentou furtar os ferros de uma das tampas de uma sarjeta que se encontra por baixo da ponte e criou o grande buraco onde a água “desaparece”.
“ O meu medo é a chuva quando chegar. Nem sei como vai ser para atravessar o Rio Seco nesta parte da Maianga, pois está visível que teremos muitos problemas quando chover”, desabafou.
O Rio Seco, que tem inicio na zona verde, no bairro Alvalade, é uma das mais antigas linhas de águas residuais da cidade de Luanda, sendo uma linha de água natural, pertencente a uma bacia que recolhe as águas das chuvas da Maianga, Prenda e Quinanga.
Com uma extensão de 2.773,083 metros, o Rio Seco é um sistema de microdrenagem que atravessa a zona da Quinanga, passa pela rua dos Heróis até a Nova Marginal e desagua no mar.