Participação de Angola na cúpula mundial de acção climática constitui destaque

     Sociedade           
  • Luanda     Sábado, 02 Dezembro De 2023    12h04  

Luanda – A participação de uma delegação angolana, ao mais alto nível, na Cúpula Mundial de Acção Climática, no quadro da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 28, constitui o destaque social da semana que hoje, sábado, termina.

A convite do xeque Mohamed bin Zayed Al Nahyan, Presidente dos Emirados Arabes Unidos (EAU),  os Chefes de Estado ou de Governo  apresentam, nos dias 01 e 02 de Dezembro, no Dubai, as suas abordagens sobre o clima, no quadro das declarações nacionais.

A COP 28 acontece de 30 de Novembro a 12 de Dezembro de 2023 e centra-se na convocação de partes interessadas inter-sectoriais de alto nível, para se envolverem na transição da economia e alinharem com um futuro resiliente.

A Conferência das Partes (COP) 28 reune mais de 70 mil participantes, incluindo Chefes de Estado, governantes, líderes da indústria internacional, representantes do sector privado, académicos, especialistas, jovens, entre outros.

Conforme exigido pelo Acordo Climático de Paris, a COP 28,  nos EAU, apresenta o primeiro Balanço Global de sempre, ou seja  uma avaliação abrangente do progresso em relação aos objectivos climáticos.

No evento, Angola apresenta a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas (ENAC 2022-2035), cujas acções são implementadas pelos diferentes sectores, tal como o dos Petróleos, Energia e Águas, Transportes, Pescas e Recursos Marinhos, Agricultura e Florestas. 

A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, participa dos trabalhos da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP 28).

Outro destaque da semana foi o início das obras do Palácio da Música e do Teatro, que vai dignificar os artistas das mais variadas áreas e proporciona a componente formação, para as artes, e de apoio social.

A primeira pedra da obra, com duração de dois anos, foi lançada pelo ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, na presença do governador provincial de Luanda, Manuel Homem.

A infra-estrutura surgirá da reabilitação e reconversão do antigo edifício da Assembleia Nacional, empreitada a ser executada pela empresa Athena Swiss, do Grupo Mitrelli, numa área de 12.752 metros quadrados.

A empreitada prevê a reformulação do conceito inicial do projecto do Palácio da Música e do Teatro, para albergar uma unidade residencial e de cuidados para os artistas seniores, inspirada na Casa do Artista de Lisboa.

O edifício foi erguido no tempo colonial, altura em que funcionava como o cinema -teatro, estúdio e restauração. Em 1975, depois da proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro, foi convertido no Palácio dos Congressos e sede da Assembleia Nacional (Parlamento).

Ainda nesta semana, Angola  participou na Feira do Livro de Brasília, um evento que homenageia, este ano, a Mulher na Prosa.

Com um espaço cultural multifacetado, o stand de Angola   saudou, igualmente, o 11 de Novembro, Dia da Independência Nacional,  com uma exposição fotográfica que contemplou o empoderamento da mulher  angolana, obras  literárias de escritoras e escritores angolanos, obras de artesanato e  exibição  de vídeos sobre a realidade actual do país.

O evento, que esteve bastante concorrido, contou com a participação de angolanos residentes  em Brasília, bem como brasileiros  amantes  da literatura.

A Feira do Livro de Brasília foi criada em 1982 com a Câmara do Livro do Distrito Federal, instituição  civil  de direito privado,  sem fins lucrativos. Tem como objectivo incentivar  a leitura, democratizar  o acesso  ao livro e fomentar  a literatura.

Neste período, o músico angolano Barceló de Carvalho (Bonga) foi galardoado, em França, com o prémio Músicas do Mundo, atribuído pela Sociedade Francesa de Direitos de Autores (SACEM), uma sociedade civil sem fins lucrativos.

Bonga, considerado o embaixador da música angolana, tem mais de 400 composições de sua autoria, 32 álbuns, sete bandas sonoras de filmes. E é, também, recordista de vendas.

Em 2014, foi condecorado pela Embaixada de França em Angola, com a insígnia de Cavaleiro na Ordem das Artes e Letras, e em 2018 o Estado angolano condecorou-o com a Medalha de Bravura e do Mérito Cívico e Social, 1ª Classe, no âmbito das celebrações do 43º aniversário da independência nacional.

Ainda no capítulo da cultura, o escritor angolano  Albino Carlos lançou, na União dos Escritores Angolanos, a coletânea de contos intitulada “Os Funerais de Manguituka, o Terrível bandido e outros mambos“.

“Os funerais de Manguituka, o terrível bandido e outros mambo” reúne um conjunto de pequenas, mas densas e abrangentes narrativas, tendo como denominador comum a forma como as ideias e os sentimentos são apresentados ao leitor numa prosa deslumbrante e, muitas vezes, cáustica, que privilegia os efeitos de sentido.

A obra retrata uma variedade de temas, que vão desde a delinquência e a infância, da questão da emigração à saudade, passando pela omnipresença do telemóvel nas vidas das pessoas.

O anúncio de que mil e 683 mortes foram registadas em todo o país, pelo Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB), de Novembro de 2022 até a presente data, constituiu também destaque.

Segundo o comandante nacional dos Bombeiros, Benção Mateus, em relação ao período anterior há um aumento de 62 mortes. Mil e 541 pessoas ficaram feridos de 2022 a 2023, mais 42 que no ano transacto.

No dia dedicado aos Bombeiros, 30 de Novembro, Informou que foram registadas sete mil 216 ocorrências diversas, que afectaram 7.324 pessoas.

Na semana que termina, o Serviço de Investigação Criminal (SIC) informou o registo no país, de Janeiro até a primeira quinzena do mês de Novembro do corrente ano, de 62 mil 964 crimes de natureza diversa, dos quais 62,1 porcento foram esclarecidos.

O director-geral em exercício do SIC, Fernando Receado, que falava durante as celebrações do 48º aniversário deste órgão, realizado sob o lema “Para um SIC Coeso, Participemos na Formação do Homem, na Prevenção e no Combate a Criminalidade”, referiu que os crimes de homicídio, sexual e ofensas à integridade ainda constituem preocupação para a  corporação, por serem praticados por pessoas conhecidas das vítimas.

Fernando Receado fez saber que durante o mesmo período, foram registados dois mil 086 crimes sexuais, ocorridos  no seio da família. 

Nas suas operações, o SIC desmantelou  130 grupos de marginais, que resultou  na detenção de mil 721 cidadãos,  acção que permitiu garantir a segurança, a ordem e a tranquilidade pública, preservando os direitos e liberdade das pessoas e contribuir para o pleno funcionamento das instituições do Estado, sociedade Civil  e a consolidação da democracia. 

Constituiu também destaque o anúncio de que cerca de 310 mil pessoas estão vivendo com VIH/Sida em Angola, entre as quais 35 mil crianças dos zero aos 14 anos de idade.

Segundo o secretário de Estado da Saúde para Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, que discursava no acto central do Dia Mundial de Combate ao VIH/Sida, assinalado a 1 de Dezembro, em termos percentuais, 58 por cento de pessoas vivendo com VIH (PVVIH) sabem do seu estado serológico e 49 por cento dos adultos beneficiam de tratamento com retrovirais.

Segundo Leonardo Inocêncio, foram registadas 15 mil novas infecções no país.

Já os órgãos de defesa e segurança anunciaram, na semana que termina, a detenção de seis mil e 963 cidadãos, no período de 15 de Outubro a 25 de Novembro do corrente ano, devido ao envolvimento em crimes de homicídios, agressão sexual, ofensas à integridade física, uso e posse de droga (liamba) e de arma de fogo.

A operação contou com 23.937 efectivos das forças de defesa e segurança, nomeadamente Polícia Nacional, Forças Armadas Angolanas, Serviços de Investigação Criminal (SIC), Prisionais (SP), de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) e do Centro Integrado de Segurança Pública.

A mega operação visou prevenir, combater e reprimir os crimes violentos, a sinistralidade rodoviária, a vandalização de bens públicos e privados, com incidência nas cabines eléctricas, postos de alta tensão e linhas férreas, para proporcionar um ambiente tranquilo durante a quadra festiva.

Dos 6.963 detidos, 6.306 são cidadãos nacionais e 657 são estrangeiros, supostamente envolvidos na prática de 76 homicídios, 114 agressões sexuais, 616 ofensas à integridade física, 364 uso e posse de droga (liamba). OHA





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