Lubango - O Serviço Penitenciário da Huíla vai, a médio prazo, desenvolver em parceria com Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), um projecto de formação de reclusos nas áreas de jardinagem e paisagismo, para que sejam integrados em acções de manutenção de zonas verdes.
A informação foi hoje, sexta-feira, avançada à ANGOP, pelo director-adjunto do Serviço Penitenciário da Huíla, superintendente-prisional José Luís, que sem avançar o número de reclusos a beneficiar, realçou que a formação vai abranger apenas aqueles que estão em regime de segurança mínima ou semi-aberto.
Destacou que neste momento já há um parecer favorável do Governo provincial da Huíla e da Administração Municipal do Lubango neste sentido, para que os reclusos possam contribuir para o melhoramento da zona verde a nível da manutenção de jardins da capital huilana.
Segundo o responsável, não é qualquer recluso que vai para o programa, apenas aqueles que passaram por um longo processo, com realce para condenados que passaram por um conjunto de terapias multidisciplinares de avaliações periódicas, como a componente cívico-religiosa e escolarização.
Detalhou ser um conjunto de processo terapêutico evolutivo que culmina com a progressão, porque o sistema carcerário da penitenciária é progressivo, onde o recluso é colocado na máxima, média e mínima segurança, estádios que vai atingindo mediante o comportamento que apresenta.
José Luís sublinhou que o Serviço Penitenciário a nível nacional mantém um protocolo o INEFOP, vocacionado a garantir a formação socioprofissional, com vista à criação de condições para reabilitar e potenciar os reclusos.
Referir que neste momento estão a decorrer cursos de formação que termina já nos próximos 15 dias e dele participam 85 reclusos nas áreas de serralharia, mecânica-auto, pastelaria, culinária e alvenaria.
Quanto ao sistema normal de ensino, assinalou, no presente ano lectivo, para o primeiro módulo estão matriculados 99, reclusos, no segundo 57 entre masculinos e femininos, cujas aulas são ministradas diariamente por professores afectos ao Ministério da Educação.
O estabelecimento prisional com capacidade para 520, actualmente conta com uma população penal de mil 205 reclusos, dos quais 542 condenados em diferentes regimes de segurança, com destaque para 30 mulheres sentenciadas. BP/MS