Huambo - Aproximadamente cinco mil cidadãos, entre nacionais e estrangeiros, estão envolvidos no processo de exploração ilegal de ouro em diversas localidades da província do Huambo, soube a Angop, esta quinta-feira.
A informação foi avançada pelo delegado do Ministério do Interior nesta província, Francisco Ribas da Silva, quando apresentava, durante a IX sessão ordinária do Governo local, o ponto de situação do garimpo dos minérios estratégicos no Planalto Central.
Conforme o responsável, a situação tornou-se num problema social com níveis alarmantes, facto que exige o redobrar de medidas tendentes ao desencorajamento e combate a esta prática.
O também comandante da Polícia Nacional no Huambo referiu que os mesmos cidadãos estão implantados em sete localidades dos municípios do Bailundo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje, Londuimbali e Ucuma onde, à margem das regras exigidas, exploram de forma desordenada o mineiro, considerado uma das potencialidades económicas da região.
Na sua óptica, a existência de compradores, na sua maioria externos, tem motivado os seus praticantes a continuarem com as suas acções.
Além disso, apontou o envolvimento de algumas autoridades tradicionais, que de forma deliberada têm servido de guias, cedendo zonas aos exploradores.
Face à situação, apelou as autoridades tradicionais no sentido de se absterem destas práticas, sob pena de serem responsabilizadas civil e criminalmente.
Informou que as forças da ordem estão a traçar estratégias para pôr fim à prática nos próximos dias, em função dos riscos que representa para a estabilidade social e política.
Durante a referida IX sessão, orientada pela governadora Lotti Nolika, foram analisados igualmente temas como “Os resultados da auscultação sobre o Morro do Moco”, “O Ponto de Situação do Prodesi”, “A abertura dos cargos de direcção e chefia nas administrações municipais”.