Mbanza Kongo – Oito mil milhões, 559 milhões, 658 mil e 865 kwanzas é o valor aplicado desde 2020 na execução de vários projectos de impacto social na província do Zaire, no âmbito da primeira fase da implementação do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Esse montante corresponde a 48,52 por cento do valor global avaliado em 19 mil milhões, 370 milhões, 302 mil e 473 kwanzas alocado para a província do Zaire para a execução de 91 projectos sociais nos domínios das vias urbanas, construção e apetrechamento de escolas, reabilitação e ampliação de hospitais, sedes das administrações comunais, residências protocolares, entre outras acções.
A informação foi revelada esta quarta-feira, em Mbanza Kongo, pela vice-governadora do Zaire para o sector Técnico e Infra-estruturas, Ângela Maria Diogo, à margem de um encontro que juntou o Governo da Província e os empreiteiros para avaliar o grau de execução física e financeira dos projectos inseridos no PIIM.
O encontro, referiu a vice-governadora, marca o pontapé de saída sobre as orientações baixadas, há dias, pelo governador provincial, Adriano Mendes de Carvalho, que, entre outras acções, recomendou a criação de uma comissão técnica para o acompanhamento das obras inseridas no PIIM na região.
Explicou que de acordo com o levantamento feito a nível dos seis municípios, factores de ordem contratual entre o Governo Provincial e as construtoras na elaboração de autos de dimensões, da falta de livros de obras e debilidades técnicas por parte de algumas empresas contratadas como alguns constrangimentos que concorrem no atraso da conclusão das obras do PIIM na província.
Segundo a arquitecta, algumas empresas a quem foram adjudicadas as empreitadas logo no princípio, acabaram por desistir por alegadas dificuldades de ordem técnica, obrigando o Governo Provincial a contratar outras construtoras.
Empreiteiros alegam atraso no pagamento dos dinheiros
Alguns empreiteiros afirmaram que o atraso na execução das obras do PIIM no Zaire se deve pelo atraso no pagamento dos valores por parte das administrações municipais.
Acrescentaram que muitas obras do PIIM com a execução física na ordem dos 80 por cento só têm 50 por cento apenas de execução financeira.
Apontaram, também, o aumento dos preços do material de construção no mercado local, aliado ao mau estado de algumas vias de comunicação como alguns factores que retardam a entrega das obras ao dono.
Governador contra sobrefacturação
O governador do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, advertiu à classe empresarial local para se abster de actos de sobrefacturação na execução das obras do PIIM, sob pena de responder criminalmente.
Exortou os empreiteiros a denunciar eventuais comissões com os administradores municipais e outros gestores públicos na execução de qualquer projecto social inserido no Plano Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM) nesta parcela do território nacional.
Pediu, igualmente, às empresas fiscalizadoras para desempenharem a sua missão com transparência e lisura para a implementação exitosa das acções de impacto social na região.
No âmbito do PIIM, a província do Zaire já inaugurou cinco escolas, sendo quatro de sete salas de aula cada nos municípios de Mbanza Kongo, Soyo, Tomboco e Nóqui e uma outra de 12 salas de aula na capital da província.
Com uma extensão territorial de 40 mil e 130 quilómetros quadrados, a província do tem uma população estimada em mais de 500 mil, distribuídos por seis municípios, 25 comunas e 711 aldeias.
