Luanda - A Polícia Nacional descartou, para breve, o uso de armas de fogo durante a cobertura e asseguramento das manifestações públicas, passando a utilizar meios não letais.
O anúncio foi feito, em Luanda, pelo Comandante geral, comissário-geral Paulo de Almeida, na quinta-feira, no encontro denominado " Café com jornalista" que manteve com profissionais de órgãos de comunicação social, públicos e privados.
" Já começamos a investir em armas não letais e as de fogo ficarão na retaguarda. Não devemos ser negligentes, as armas só serão usadas em último caso, em situação de autoprotecção, quando se corre perigo de vida” esclareceu.
Paulo de Almeida admitiu a existência de excessos por parte de determinados efectivos contra os cidadãos, mas garantiu que nos casos comprovados, os prevaricadores são sancionados disciplinarmente e em muitos casos expulsos da corporação.
O oficial anunciou também a implementação, a partir do próximo ano, um novo modelo de esquadras de ciclo completo, com salas de atendimento para diversos serviços.
Estas esquadras vão contemplar salas de atendimento com advogados, procuradores, investigadores e psicólogos.
De acordo com Paulo de Almeida, o modelo já foi aprovado e tem como um dos objectivos principais tirar o carácter repressivo da polícia, passando a estar mais próximo do cidadão, prevenir o crime e garantir mais segurança pública.
Por isso, disse o oficial, há uma aposta na formação específica do polícia de intervenção e na criação de infra-estruturas adequadas.
Anunciou, igualmente, o aumento de efectivos dos actuais 100 mil para 200 mil até 2025, devido ao desequilíbrio do racio populacional.
Para melhor qualidade e preparação de efectivos, o enquadramento vai continuar a ser feito por via das Forcas Armadas Angolanas (FAA), adiantou.