Menongue – Dois cidadãos nacionais foram detidos pela Polícia Nacional no Cuando Cubango, por posse e comercialização de 333 caixas de peixe sardinha em estado avançado de deterioração.
Os implicados foram apanhados em flagrante no mercado informal do bairro Castilho, arredores da cidade de Menongue.
Em declarações hoje, terça-feira, à imprensa, o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, superintendente-chefe Augusto Tomás, disse que os dois cidadãos estão a ser indiciados pelo crime de adulteração de substâncias alimentares, uma vez que tinham o conhecimento do estado em que se encontrava o peixe.
Precisou que o peixe pertencia à empresa João António e Irmãos Lda e era impróprio para o consumo humano, sendo que cada caixa estava a ser comercializada a três mil kwanzas, ao contrário dos sete a dez mil kwanzas que tem sido vendido normalmente, quando em bom estado de conservação.
Para além do número acima referido, outras 350 caixas de sardinha foram atiradas, pela mesma empresa, numa vala no bairro 21, na via que liga a cidade de Menongue ao município do Cuito Cuanavale, para a sua destruição, mas o produto foi recolhido pela população.
O soba do bairro 21, Fernando Nguxi, disse que os cidadãos ignoraram o seu apelo no sentido de não consumirem o peixe.
Este ano é a terceira vez que uma empresa de venda de mercadorias congeladas decide ir destruir produtos na vala.
Apelou às empresas sediadas na cidade de Menongue no sentido de destruirem os produtos em zonas mais distantes e isoladas.
Contrabando de combustível
O porta-voz referiu que no mesmo período foi apreendido nove mil 250 litros de gasóleo e 250 de gasolina, a bordo de um camião, com destino ao município do Cuito Cuanavale.
O cidadão em causa não se fazia acompanhar de nenhum documento que comprove que está habilitado para conduzir um automóvel, nem da viatura e facturas de aquisição do combustível.
Informou que foi instaurado o processo-crime e o indivíduo será presente ao Ministério Público, junto do Departamento de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP) do Comando Provincial da Polícia Nacional.
