Lubango - Um cidadão de 36 anos de idade foi detido no Lubango, pela Polícia Nacional (PN), suspeito de falsificação de documentos para vender uma viatura roubada no Cunene, numa façanha em que terá contado com o auxílio de dois funcionários públicos.
No acto, o suspeito, segundo a Polícia Nacional, contou com a ajuda de funcionários públicos afectos à conservatória e ao cartório notarial, já identificados.
Ao fazer a apresentação de três supostos marginais, o porta-voz da PN na Huíla, inspector-chefe Fernando Tongo, afirmou que viatura, depois de furtada na província do Cunene, foi vendida por três milhões e 450 mil kwanzas no Lubango, tendo o falsificador sido localizado após investigação do Serviço afim da Polícia Nacional.
"Estamos a falar de documentos como título de propriedade, livrete e outros", declarando que o cidadão presumivelmente estava em conluio com funcionários da conservatória e do notário da província que o ajudaram com a documentação forjada.
Salientou que até ao momento já identificaram dois funcionários do notário e estão a trabalhar, no sentido de deter os mesmos, assim como continuar as diligências para aferir se há envolvimento de outras pessoas.
Fernando Tongo informou ainda que os efectivos da Secção de Investigação de Ilícitos Penais, da PN, no Lubango, detiveram, no mesmo dia, no jardim da Sé Catedral, dois cidadãos nacionais, uma de 47 anos e outro de 33, por posse ilegal de 46 gramas de cascalho de ouro.
Detalhou que a detenção foi possível mediante denúncia anónima, dando conta que dois cidadãos estavam a comercializar um produto que pelas características presumia-se ser ouro.
Na sequência, em entrevista preliminar, segundo o porta-voz, os acusados confessaram que pretendiam comercializar por cada grama do produto a 18 mil kwanzas, um ouro adquirido no município da Jamba por meio de uma troca entre fuba, a presumíveis garimpeiros.