Chinguar - Cento e oitenta e dois lotes de terra com dimensões de 30 metros de comprimento e 29 de largura começarem a ser distribuídos à população do município do Chinguar (Bié), no quadro do programa da administração local para o fomente da auto-construção dirigida.
A informação foi avançada esta quarta-feira, pelo director municipal do gabinete de infra-estruturas, Nilton Massua, na cerimónia de entrega aos primeiros beneficiados.
O responsável sublinhou que os lotes foram preparados no espaço de mais de trinta hectares, no quadro do programa de desenvolvimento local e combate à pobreza.
Já a administradora municipal do Chinguar, Ângela Ucueianga, disse que a acção visa mitigar o défice habitacional por meio da distribuição de lotes, com maior realce aos cidadãos que residem em zonas consideradas de riscos.
“Este programa vai ter continuidade também a nível das comunas, para que mais pessoas possam beneficiar e concretizar o “sonho da casa própria”, e consequentemente permitir a urbanização da cidade e vilas”, Precisou.
Entretanto, Beatriz Manuel, uma das beneficiárias, reconheceu os esforços da administração local do Estado, na melhoria da qualidade de vida das famílias, com maior realce a dos jovens.
Para o programa de auto-construção dirigida, a província do Bié, com 17 reservas fundiárias constituídas, tem seis mil e 900 hectares, sendo que, no actual loteamento, denominado bairro da Luz, no município do Cuito, estão já preparados 700 lotes que variam de 600 a 100 metros quadrados.
Nesta província estão construídos 700 fogos habitacionais em sete dos nove municípios, com excepção Andulo e Cuito, que beneficiaram de centralidades do projecto Kora-Angola.
Na capital biena existe ainda o projecto de habitações sociais 500 casas, que está a realojar as famílias que vivem em zonas de risco.
De realçar que o Executivo angolano lançou em Julho deste ano, na cidade do Cuito, o projecto-piloto de auto-construção dirigida, com uma oferta de mil e 300 lotes de várias tipologias, a serem distribuídos inicialmente nas províncias do Bié, Lunda Sul e Luanda.
O programa, aprovado em Maio último pela Comissão Económica do Conselho de Ministros, com o objectivo de reduzir o actual défice habitacional por via da massificação da venda de terrenos infraestruturados, para o Bié e Lunda Sul estão disponíveis 400 lotes cada, enquanto na capital do país 500 lotes,
Na altura, o ministro das Obras Públicas, Urbanismos e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, informou que, até 2027, o Executivo prevê entregar 910 mil 600 lotes em todo o país e, até 2050, augura-se a distribuição de quatro milhões de parcelas.
Já para o quinquénio 2023-2027 estima-se a construção de 934 mil casas, das quais 24 mil serão da responsabilidade directa do Estado.BAN/PLB