Luanda – A centralidade do Zango 5, erguida no município de Viana, ficará privada de água potável, por tempo indeterminado, anunciou, este sábado, a Empresa Pública de Água (EPAL).
Em declarações à ANGOP, o porta-voz da EPAL, Vladimiro Bernardo, explicou que a suspensão do serviço deve-se ao alastramento das ravinas naquela circunscrição de Luanda, facto que deixa a conduta de transporte do produto em risco de desabamento.
Trata-se de uma conduta de diâmetro nominal DN 400 milímetros, localizada nas proximidades do Bloco A da centralidade, cuja estrutura foi afectada pelas últimas chuvas que caíram em Luanda.
"Face a esta ocorrência, a Centralidade do Zango 5 ficará privada do abastecimento de água potável, nos próximos dias, aguardando a intervenção urgente das obras de contenção e estabilização das ravinas", lê-se num comunicado da EPAL.
De salientar que no passado dia 22 de Janeiro, o Presidente da República, João Lourenço, autorizou uma verba para a contenção e estabilização da ravina, com um desembolso no valor de mil, trezentos e três milhões, seiscentos e oitenta mil, trezentos e vinte e seis Kwanzas.
Segundo o despacho Presidencial nº 9/21 de 22 de Janeiro, publicado em Diário da República, o Estado angolano autorizou igualmente, em regime de emergência, a contratação de uma empreita para o efeito.
Entretanto, desde a aprovação da verba, ainda não se realizou qualquer trabalho de intervenção na ravina, numa altura em que Luanda tem recebido chuvas constantes.
A centralidade do Zango 5 foi concebida para albergar uma população estimada em 48 mil habitantes, num total de 8 mil fogos habitacionais, entre apartamentos e vivendas.