Malanje– O presidente da rede de pais para mudança (PROMUDA), Lourenço Neto, defendeu hoje, mais envolvimento e contribuição da sociedade civil no combate à gravidez e casamento precoces, visando a promoção dos direitos a bom nome e imagem e protecção social dos adolescentes.
Falando no encerramento da jornada Março-mulher, Lourenço Neto disse que o combate a esses males, passa por se promover o empoderamento e a luta contra à pobreza, analfabetismo, violência doméstica e outros factores sociais que influenciam o seu surgimento.
"Quebrar o ciclo de gravidez e casamento precoces requer um compromisso por parte dos membros da sociedade civil, igrejas, pais e encarregados de educação, governo, administrações municipais e sobretudo das famílias”, reiterou.
Ressaltou que a adolescência é uma fase de transição complexa do ponto de vista físico e psicológico, bem como é um período perturbado de dúvidas e inquietações, que necessita do acompanhamento de todos os que convivem com essa franja.
Por outro lado, o responsável referiu que a educação sexual constitui um factor determinante na preservação da gravidez e casamento precoces e contribui para o desenvolvimento de competências e adaptações de comportamentos bio-psico-socialmente saudável, responsável e gratificante.
Lembrou que estes dois fenómenos forçam as meninas a assumir responsabilidades para as quais não estão física e psicologicamente preparadas, dai a necessidade de todas as forças vivas da província e não só, participarem do seu combate.
Por sua vez, a directora municipal de Malanje da Acção Social, Família e Igualdade do Género, Branca Cassanje disse que para acudir a problemática da gravidez e casamento prematuros, o Estado tem vindo a gizar várias políticas e programas, cujos resultados só serão satisfatórios caso haja participação de todos.
Um dos factores, segundo referiu, prende-se com o empoderamento da mulher rural com atribuição de meios que as elucida e capacita para poderem alavancar a economia familiar.