Caxito – A greve dos trabalhadores da Empresa Pública de Águas e Saneamento do Bengo (EPAS), iniciada a 22 de Julho, continua, actualmente com adesão de 90 por cento.
Os trabalhadores paralisaram por tempo indeterminado os trabalhos devido a falta de pagamento de 11 meses de salário, um valor que já ronda cerca de 35 milhões de Kwanzas.
Em declarações hoje, segunda-feira, à Angop, o porta-voz dos trabalhadores, Domingos Major António, informou que para além de salários, consta também das reivindicações, subsídios de transporte e de alimentação de 61 trabalhadores.
Apontou a falta de diálogo, assim como de resposta ao caderno reivindicativo, apresentado em 2020, como as principais razões para a greve.
Deu a conhecer que a UNTA-CS deverá manter um encontro, terça-feira, com o Conselho de Administração da EPAS Bengo para mediar o conflito laboral entre as partes.
Referiu que caso não haja uma resposta satisfatória até o próximo dia 15 de Agosto, a paralisação dos serviços poderá ser total, agravando as dificuldades para a população, que nesta altura já consome água do rio Dande sem o devido tratamento.
Entretanto, o presidente do Conselho de Administração da EPAS Bengo, Carlos Gomes, minimizou a greve considerando-a “uma paralisação parcial”, já que recebeu de um grupo de trabalhadores, no dia 21 de Julho, apenas uma exposição.
Esclareceu que os valores em causa (35 milhões de Kwanzas) são o acumulado de 11 meses intercalados em atraso, desde 2018 até a presente data.
O atraso no pagamento de salários está ligado a situação económico do país e também a dívida de 190 milhões de Kwanzas que os consumidores têm com a empresa, realçou o PCA da EPAS Bengo.
Deste valor, disse, 90 milhões referem-se às instituições públicas e comércio, enquanto os restantes 100 milhões ao seguimento doméstico.
