Benguela - Quinze projectos de infra-estruturas integradas, mormente a reabilitação profunda da malha rodoviária do município de Benguela, já estão em curso para melhorar a mobilidade urbana, anunciou, esta quarta-feira, a administradora desta circunscrição, Paula Marisa.
Falando no acto municipal das festas dos 406 anos de fundação da cidade de Benguela, hoje assinalados, a administradora municipal reconhece existirem dificuldades em relação às vias de comunicação, energia eléctrica e água, e saneamento básico, mas garante trabalho para solucionar estes problemas.
Daí ter detalhado os 15 projectos de infra-estruturas integradas, que contemplam obras profundas de requalificação das vias rodoviárias, como a construção de sistemas de drenagem, calçadas, lancis, jardinagem, arborização e iluminação pública.
Entre as intervenções em curso, destacam-se a reabilitação e requalificação da avenida Governador Sousa Coutinho e Cerveira Pereira, vulgo estrada da Maxi, uma obra de vulto já concluída e à disposição dos utentes e que melhorou a fluidez e segurança do trânsito automóvel.
Paula Marisa entende que, esta avenida, embora destinada ao trânsito pesado que passa pela cidade, tem servido de alternativa para descongestionar a avenida 10 de Fevereiro, que até se debatia com grandes engarrafamentos, sobretudo nas horas de ponta.
Dirigindo-se aos munícipes e personalidades de vários quadrantes da sociedade civil, que assistiram o acto, a administradora de Benguela referiu também a reabilitação da avenida 31 de Janeiro, com a construção de um novo sistema de macrodrenagem, um projecto entretanto já em andamento.
Paula Marisa, a segunda mulher a dirigir o município de Benguela, salientou que as avenidas 10 de Fevereiro e António Agostinho Neto constam da carteira de projectos de infra-estruturas integradas para a região.
Relativamente à avenida 4 de Fevereiro à praia Morena, a responsável fez saber que o projecto reserva, de igual forma, a construção de um sistema de drenagem, além da calçada, jardinagem, arborização, bancos e iluminação pública.
Ainda apontou para a reabilitação das principais travessas e outras estradas complementares do casco urbano de Benguela, além da construção de equipamentos sociais e desportivos com impacto directo na vida dos munícipes.
Projectos sociais
A construção de uma lota pesqueira, prevista para o mercado das Tombas, nos arredores da cidade, faz parte do leque de projectos sociais, para além da recuperação do canal de drenagem do Coringe 1 e 2.
No sector das águas, a administradora aponta como prioridade a reabilitação seja do sistema de abastecimento a partir da Estação de Tratamento de Água (ETA), seja a ampliação do sistema de abastecimento de águas do Luhongo.
Melhorar o abastecimento de água para os bairros da zona alta do município de Benguela e no casco urbano é a meta da administração municipal, de acordo com a responsável.
De igual modo, revelou que se prevê a construção de passagens aéreas ao longo da Estrada Nacional EN100, de forma a reduzir os índices de sinistralidade rodoviária, sobretudo os acidentes devido à travessia desordenada dos peões das zonas suburbanas
Igualmente falou das perspectivas para este ano, como a aquisição de kits de limpeza e saneamento, para a promoção do género e empoderamento da mulher, bem como o fomento da agricultura e pescas, pecuária na localidade.
Elencou ainda a iluminação pública, reabilitação e ampliação de salas de aulas em algumas escolas, construção e apetrechamento de alguns centros de saúde do município de Benguela, incluindo salas de partos na periferia.
Segundo a administradora, perspectiva-se, ainda, a reabilitação de chimpacas para o abeberamento do gado no bairro Yela Yela, na comuna da zona B, e de furos de água, para mitigar a escassez do precioso líquido nessa comunidade e na do Covava.
Já no âmbito do Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, adiantou estar em curso projectos de um complexo escolar de 15 salas de aula, quadra polidesportiva no bairro da Taka, zona F, e requalificação dos chafarizes na comunidade da Boa Esperança e Mina.
“Muito já temos feito e vamos continuar a fazer em linha com as orientações do Governo”, frisou, assegurando que a administração municipal tem pugnado por uma governação aberta e participativa, sendo que o retorno dos cidadãos tem sido positivo.
No fundo, Paula Marisa afiança que o objectivo das autoridades é o de tornar Benguela um lugar condigno para os seus habitantes e visitantes. JH/CRB