Malanje - Uma ravina de mais de 20 metros de largura e 100 de comprimento cortou parcialmente a estrada que dá acesso à sede municipal de Massango, província de Malanje, colocando em risco a circulação de viaturas.
A situação deve-se às erosões que vêm ocorrendo nos últimos tempos na região e se alastrando com o desmoronamento de terras.
Neste momento, decorre a abertura de uma via alternativa adjacente a estrada, enquanto se aguarda pelo início dos trabalhos de estancamento da ravina, dentro de uma semana, segundo o chefe de Departamento de Monitoramento de Obras da Direcção Nacional de Obras de Engenharia, Edgar dos Santos.
A fonte disse que a par da via alternativa estão a ser feitas barreiras de contenção para impedir que as águas das chuvas atinjam directamente a ravina, para se evitar o seu alastramento.
Além dessa ravina, localizada à entrada da sede municipal, duas outras de grandes proporções e em progressão carecem de reparação urgente, sob pena de isolar Massango do município de Calandula e do resto da província de Malanje, prevendo-se uma intervenção nos próximos dias.
A administradora de Massango, Ânsia Salatiel, disse que na sede do município estão a progredir outras ravinas que, caso não sejam intervencionadas até ao mês de Abril, poderão cortar a comunicação com as duas comunas que compreendem a região (Quihuhu e Quinguengue).
Realçou que a par das erosões o município de Massango regista chuvas frequentes e é circundando por vários rios, o que também contribui para o surgimento de ravinas, daí que intervenções de engenharia devem ser regulares.
A gravidade da situação levou o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos, o governador provincial de Malanje, Marcos Nhunga, e técnicos do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) a constatar o nível de crescimento das ravinas e encontrar soluções de estancamento.
O município de Massango vem registando há muitos anos ravinas de grandes proporções, chegando a ser catalogadas oito em 2023. Uma das quais, que ameaça destruir um sistema de água, está a beneficiar de trabalhos de estancamento desde o mês de Janeiro, a cargo da empreiteira 7 Cunhas.
A delegação constatou ainda o estado da ponte sobre o rio Lucala, no município de Calandula, que carece de intervenção devido a uma ruptura que se regista na estrutura metálica, o que pode causar o seu desabamento caso não beneficie de manutenção.
A comitiva, que iniciou quinta-feira (15) uma jornada de dois dias a Malanje, seguiu para a província do Cuanza-Norte, onde vai desenvolver outras acções. NC/PBC