Mbanza Kongo – Trinta e um reclusos em liberdade provisória, dentre os quais três do sexo feminino, começaram, esta sexta-feira, a frequentar cursos de artes e ofícios, no município de Mbanza Kongo, província do Zaire.
A formação está a ser proporcionada pelo Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), no âmbito de um acordo estabelecido com os Serviços Penitenciários da região.
Em declarações à imprensa, o chefe do serviço provincial do INEFOP, Kinianguisa Kibantu, explicou que o objectivo é de facilitar a reinserção na sociedade desses reclusos.
Informou que, os beneficiários fazem parte de um grupo de 150 formandos que começaram, a 04 de Julho, a formação nos cursos de mecânica, serralharia, electricidade, carpintaria pastelaria, entre outros, referente ao ciclo formativo 2022.
Após a formação básica com a duração de seis meses, segundo o responsável, os abrangidos com bom aproveitamento poderão habilitar-se a micro-créditos, kits de formação profissional e estágios profissionais remunerados, após capacitação em matéria de empreendedorismo.
Por sua vez, o chefe do departamento de penas alternativas e reinserção social da direcção provincial dos Serviços Prisionais do Zaire, Pedro Lendi Domingos, esclareceu que os referidos reclusos, agora em liberdade condicional, cumprem penas que vão de um a três anos de prisão efectiva.
Informou que, o memorando de entendimento assinado entre os ministérios do Interior e da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) prevê, numa primeira fase, beneficiar 41 reclusos com essa formação.
No total, disse, a direcção penitenciária preconiza incorporar 66 reclusos em liberdade condicional, nestes estágios profissionais do INEFOP que cumprem penas nas cadeias de Nkiende (Mbanza Kongo) e Mangue grande, no município do Soyo.
Lucinda Abel Júnior, uma das reclusas inserida no curso de pastelaria, agradeceu a iniciativa e prometeu empenhar-se para concluir a formação com sucesso.
“Espero aproveitar melhor essa oportunidade para refazer a minha vida e esquecer-se o passado triste”, asseverou.
André Vidal Sebastião, formando no curso de canalização, louvou a política do Executivo de inserir os reclusos na formação técnico-profissional.
Actualmente, os cursos do INEFOP em Mbanza Kongo são ministrados em pavilhões móveis, estando prevista, para breve, a entrada em funcionamento de um centro de construção definitiva.