Luena – Entidades religiosas na província do Moxico defenderam, este sábado, no Luena, a necessidade do Executivo implementar medidas de controlo e redução dos preços da cesta básica, que inflaccionaram nos últimos dias.
Em declarações à ANGOP, sobre a recente medida tomada pelo Executivo da retirada do preço da subvenção à gasolina, o pastor da Igreja Baptista em Angola no Moxico, João Dinis, destacou a imortância da medida do governo, que, continuou, poderá beneficiar as famílias mais carenciadas do país, por via do reforço dos programas de assistências.
Conforme o responsável, esta medida poderá melhorar a vida social dos cidadãos mais carenciados, entretanto, entende que esta medida não deve influenciar na subida dos preços da cesta básica, apelando à necessidade do Executivo implementar medidas para controlar a inflação, e reduzir o índice de pobreza no país.
"Hoje os preços dos produtos da cesta básica dispararam, provocando constrangimentos no seio da população, neste sentido é necessário que o Executivo trabalhe e comunique mais para inverter este quadro", acrescentou.
Esta ideia foi partilhada pelo missionário da Igreja Evangélica dos Irmãos em Angola (IEIA), Pedro Sacunuige, que pede políticas para que as famílias recuperem o poder de compra.
Numa ronda efectuada pela ANGOP, nos principais estabelecimentos comerciais, constatou-se uma variação considerável dos preços de vários produtos, que inflaccionaram num intervalo de duas semanas.
Por exemplo, um saco de 25 kgs de arroz passou de oito e nove mil kwanzas, para 12.500 e 13 mil kwanzas, respectivamente, enquanto a massa alimentar que custava quatro mil e 500 registou uma subida de mil kwanzas.
Uma caixa de óleo alimentar, com 12 litros, teve uma inflação de 76 por cento, passando de 11 mil 700 para 15 mil 300 kwanzas, igual tendência verificada no preço da caixa de coxa que subiu de nove mil e 500 para 14 mil kwanzas.AP/TC/YD