Menongue - O supervisor dos cuidados primários de Saúde Pública no Cuando Cubango, Daniel Nazaré, defendeu, esta quarta-feira, a conjugação de esforços para o combate cerrado à toxicodependência, para manter a sociedade mais saudável e pacífica.
O responsável, que falava na abertura do I Fórum Provincial sobre o Papel da Mulher no Combate à toxicodependência, adiantou que a luta contra as drogas só será vencida com o envolvimento de um conjunto de actores sociais, sobretudo, autoridades tradicionais, igrejas, líderes juvenis, professores, entre outros.
Reconheceu que a realização do evento representa uma oportunidade para reiterar que a melhor atitude continua a ser a prevenção, por meio de palestras e campanhas de sensibilização sobre as motivações, sintomas e métodos de reverter tal situação.
“Destaco a importância deste fórum, por saber que estamos a fechar com chave de ouro a jornada comemorativa ao Março/Mulher, que, de certa forma, tem despertado a consciência e a capacidade da mulher nas áreas da educação, saúde, segurança e, claro, no combate às drogas não foge a regra, ”, sublinhou.
Esclareceu que a Toxicodependência ou Abuso de Substâncias Psicoactivas consiste na dependência de drogas legais, ilegais ou medicação.
Informou que o grande objectivo do fórum é despertar uma consciência positiva nas comunidades sobre a necessidade de um empenho colectivo no combate ao consumo de drogas e o papel que a mulher deve desempenhar neste combate.
Para Daniel Nazaré, não constitui segredo para ninguém que as drogas desestruturam a personalidade das pessoas, das famílias e da sociedade, para além de doenças de fórum psíquico e não só.
Na mulher gestante, exemplificou o responsável, a droga causa abortos, partos prematuros e, as vezes, mal formação congénita dos bebés, enquanto no homem pode precipitar demência, disfunção sexual e outras patologias.
Defendeu que a mulher tem a responsabilidade de detectar os sinais de anomalias de conduta comportamental, quer do marido quer do filho, bem como de todas as pessoas com quem partilha o mesmo tecto, para tomar as medidas mais assertivas, prevenir e corrigir toda e qualquer atitude que induza para uma possível toxicodependência.
Estão em abordagens, na acção que termina esta tarde, temas como “Consequências do consumo excessivo de drogas”, “O papel da mulher cristã no combate as drogas no seio familiar” e o “O papel da mulher trabalhadora no combate as drogas”.
Dados da representação provincial do Instituto Nacional de Luta Anti Drogas (INALUD) dão conta que, em 2023, a instituição realizou 11 palestras preventivas nas escolas e comunidades suburbanas, com a participação de mil e 754 pessoas, dos sete aos 60 anos de idade, bem como debates radiofónicos.
Foram igualmente atendidos no mesmo período 13 pacientes, para além de oito que se encontram, actualmente, em acompanhamento no Hospital-Geral do Cuando Cubango. MSM/ALK/ALH