Huambo – A directora do gabinete da Acção Social, Família e Igualdade do Género na província do Huambo, Maria de Fátima Cawewe, pediu hoje, quarta-feira, o envolvimento da sociedade no combate ao abandono infantil.
Segundo a responsável, durante o encontro sobre consequências da não prestação de alimentos por parte dos pais aos filhos, que mercou o encerramento das dos 16 dias de activismo contra a violência do género, numa iniciativa da OMA, trata-se de um desafio de todos para se acabar com o fenómeno de menores de rua, tal como se regista, nos últimos dias.
Maria de Fátima Cawewe apontou a carência alimentar por parte de algumas famílias, bem como a fuga à paternidade e a maternidade, como as principais causas da presença de crianças nas ruas, principalmente na cidade do Huambo.
Lembrou que de Janeiro à presente data, a instituição registou 274 casos de não prestação de alimentos aos filhos, sendo 185 praticados por homens e 89 por mulheres.
Face à situação, disse que o gabinete de Acção Social tem promovido campanhas de sensibilização sobre os riscos do fenómeno de criança nas ruas e sobre os perigos da violência doméstica, cujos resultados têm sido satisfatórios com o retorno de vários menores no convívio familiar.
A responsável informou que, apesar desse esforço das autoridades, alguns desses menores preferem abandonar o convívio familiar para viverem nas ruas da cidade do Huambo, um situação bastante preocupante tendo em conta os riscos que concorrem.
Já a secretária da OMA na província do Huambo, Dolina Nassocópia Miguel Tchinhama, referiu que os 16 dias de activismo contra a violência do género, realizados anualmente pela organização, visa repudiar esses males na sociedade, através de campanhas de sensibilização.