Huambo - A circulação rodoviária entre o bairro da Chivela e o mercado informal da Quissala, vulgo Alemanha, no município do Huambo, foi reposta hoje, quinta-feira, com a inauguração da ponte sobre o rio Cóngwe.
A circulação entre as duas localidades ficou interditada desde 2013, altura do desabamento da antiga ponte, em consequência das chuvas, acompanhadas de rachadas de vento.
O corte da fita do empreendimento, com 40 metros de comprimento e 10 de largura, cujas obras tiveram início em 2020, coube ao ministro das Obras Pública e Ordenamento do Território, Manuel Tavares de Almeida, na presença da governadora da província do Huambo, Lotti Nolika.
Com a inauguração da ponte, orçada em 261 milhões, 421 mil e 706 Kwanzas, ficam para atrás as dificuldades de acesso dos comerciantes e compradores ao maior mercado informal da província, que tinham como via alternativa uma estrada que, para além de apresentar condições menos cómodas de circulação, mostra-se bastante insuficiente para atender a demanda.
O ministro Manuel Tavares de Almeida procedeu, igualmente, à inauguração da ponte sobre o rio Calopato, com 30 metros de comprimento e 9,8 de largura, que liga os bairros do Calundo e Chivela, arredores da cidade do Huambo.
As obras da nova ponte iniciadas em 2020, em substituição da antiga que também desabou devido às fortes chuvas que se batiam na localidade, custaram 203 milhões, 69 mil e 371 Kwanzas.
Falando à imprensa, o ministro Manuel Tavares de Almeida destacou a importância das infra-estruturas na actividade económica desta circunscrição.
Acrescentou que as mesmas foram erguidas no quadro dos desafios do Governo angolano que, apesar das dificuldades financeiras, prossegue com o objectivo de melhorar a circulação de pessoas e bens, visando a elevação do bem-estar socioeconómico.
O governante anunciou, para breve, as obras de requalificação das vias de acesso dos bairros do Calundo e Chivela, com o objectivo de tornar cada vez mais a circulação tranquila.
Por sua vez, a governadora do Huambo mostrou-se satisfeita com a conclusão e entrega dos empreendimentos, tendo, por outro lado, apelado a necessidade da conservação das infra-estruturas.
Alguns transeuntes e automobilistas enalteceram os esforços do governo na reabilitação das duas infra-estruturas, considerando que as mesmas vão permitir maior fluidez na circulação dos comerciantes e compradores do mercado da Alemanha.
A comerciante Maria Capanda disse que a recuperação das pontes muda a vida da população local, sobretudo das crianças que, muitas das vezes, corriam o risco de afogamento ao atravessarem os dois rios para irem à escola.
O automobilista Isaac Cossengue considera fundamental o envolvimento de todos na preservação dos bens públicos, para evitar a repetição de investimentos.