Cazenga - Os restos mortais do Presidente da Câmara dos Terapeutas Tradicionais de Angola Kitoko Mayavângua " Avô Kitoko" foram a enterrar hoje terça-feira, no cemitério Santa Ana, em Luanda.
Assistiram ao funeral, antecedido de missa de corpo presente no Marco Histórico do Cazenga, membros da Administração Municipal, familiares, amigos, colegas de profissão e admiradores, entre outros.
Durante a missa, foram lidas algumas mensagens em sua homenagem, com destaque a da Ordem dos Médicos de Angola, apresentada pelo seu porta-voz, Aldemiro Cassevila.
A Ordem lembra que Avô Kitoko deu grande contributo em prol da medicina tradicional e lutou para que se pudesse firmar e concretizar o desejo da existência de uma legislação aprovada sobre a medicina tradicional.
Para este órgão, partiu para a eternidade com o seu sonho concretizado, daí que o seu legado deve ter continuidade pelos seus seguidores para a melhoria da medicina natural em Angola e mais estudos das plantas naturais.
Em declarações aos jornalistas, antes do enterro, o secretário de Estado para a Saúde Pública cessante, Franco Mufinda, reconheceu os ganhos que Avô Kitoko deixou para o país como a Política Nacional de Medicina Tradicional.
Considera ter sido fruto deste homem que em Angola foi criado o Instituto Nacional de Investigação e Saúde, bem como um Departamento que trata especificamente das matérias ligadas a medicina tradicional.
Numa outra mensagem, a filha Ana Paula Carlos Gaspar destacou a dedicação do progenitor às causas sociais, concretamente à projectos de valorização da igualdade da família, assim como no activismo a preservação do ambiente.
Igualmente, notabilizou-se em acções filantrópicas, no país, com realce em Luanda onde se dedicou, na última década, em projectos de “tapa buracos” e de recuperação de indivíduos com transtornos mentais.
Kitoko Mayavângua, que deixa viúva e filhos, morreu aos 65 anos de idade na passada segunda-feira (12 de Agosto) vítima de acidente de viação, no Distrito Urbano do Zango.