Luanda – Cento e 57 famílias que viviam em condições de risco e extrema vulnerabilidade nas encostas da Boavista, no distrito urbano do Sambizanga, município de Luanda, foram quinta-feira realojadas no projecto habitacional do Mayé-Mayé, distrito do Sequele, município de Cacuaco.
O director Nacional de Gestão Fundiária e Habitação do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Aderito Carlos Mohamed, em declarações à imprensa, disse que o processo vai acontecer em três fases e prevê movimentar mil e 500 famílias, num total de oito mil e 700 pessoas.
Aderito Carlos Mohamed considerou favoráveis as condições sociais existentes no projecto, tais como infra estruturas públicas, energia e águas, saúde, educação, arruamentos e serviços sociais.
Em relação aos oportunistas, garantiu que a situação está controlada, pois desde o momento em que foram demolidas as residências os serviços de fiscalização da administração do Sambizanga estão a controlar para que não surjam novas construções.
A cidadã Francisca Sousa, que beneficiou de uma nova moradia, considerou melhores as condições actuais, visto que na encosta da Boavista não tinha água corrente em casa.
Por sua vez, outra beneficiária que apenas se identificou por Jú, contemplada com seis residências, disse que as condições são favoráveis, mas reclama por mais uma habitação pelo facto de ter um agregado familiar constituído por 15 membros.
Na zona das encostas da Boavista, ex Roque Santeiro, o processo de movimentação de famílias em condições de risco e extrema vulnerabilidade começou em 2016, quando foram realojadas para a zona do Zango 4.