Luanda - A Rádio Nacional de Angola (RNA) lançou hoje, segunda-feira, a emissão em streaming na (internet) das rádios provinciais, em cerimónia orientada pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Manuel Homem.
Serviços de streaming são aqueles que possibilitam a transmissão de conteúdos pela internet, sem a necessidade do usuário fazer download para ter acesso ao filme, música ou livro. Além disso, dependendo do seu plano de internet, não é preciso esperar o carregamento total para começar a usar.
A Rádio Luanda era a única emissora provincial que estava on-line no site da empresa.
Actualmente emitem em "streaming” os canais nacionais Canal A ( RNA), Rádio 5, Rádio Ngola Yetu, Rádio Cultura Angola, as municipais (locais ) Viana, Cazenga e Cacuaco e a RNA Internacional.
O ministro Manuel Homem, ao proceder ao “click”, deu início ao envio do áudio produzido em FM para internet a nível das 18 províncias do país e pelo mundo inteiro, ultrapassando, deste modo, qualquer barreira de distância e lugar entre os rádio-ouvintes no que diz respeito aos conteúdos da RNA.
A plataforma que suporta múltiplos canais de rádio, permite a reprodução de todas as rádios nacionais e um canal internacional.
Manuel Homem reiterou que os desafios da modernização dos serviços da comunicação social no país, fazem parte a lista dos desafios do ministérios que dirige, sendo que a RNA está na vanguarda deste programa de modernização.
O passo dado visa assegurar o acesso e a dinamização da informação nos diferentes canais, que considerou como processo de evolução gradual normal, mas que para a rádio e o país, representam uma mudança de um paradigma que permite que desde hoje se possa ter acesso em qualquer parte do mundo acesso as rádios provinciais.
Explicou que o acesso à rádio em streaming para além de aproximar os ouvintes, representa o trabalho do Executivo que tem como finalidade continuar a garantir que todos residentes no país, continuem a ter acesso a informação.
Realçou que o país tem mais de seis milhões de utilizadores de internet, o que pressupõe ainda um trabalho para continuar a alargar o universo de acesso de utilizadores, pelo que acções combinadas estão em curso como construção de centros de digitalização e colocação de pontos de acesso a internet em vários pontos.
Lembrou estarem a fazer investimentos para se continuar a ter uma internet mais rápida, acessível e mais segura, apesar de a segurança ser relativa pelo facto de serem diariamente introduzidas no sistema soluções novas.
Para tal, considerou ser preciso o contínuo aperfeiçoamento dos quesitos relacionado a segurança, e no país existem condições que garantem que a infra-estrutura de telecomunicações e que suporta a internet tenha a segurança adequada para as suas necessidades.
Reafirmou o contínuo investimento no sector, pois a segurança exige uma dinâmica maior pelos acontecimentos imediatos bastante rápidos no mundo das comunicações, obrigando também a contínua criação de condições humanas.
“Ainda temos de facto um trabalho muito grande a fazer na literacia digital das pessoas, para lidarem com os comportamentos que a engenharia social tem estado a colocar a nossa disposição”, acrescentou.
Reflectiu que este facto faz com que muito caiam nas “ratoeiras” da internet, pelo pouco conhecimento de como lidar com esses fenómenos, sendo que a literacia é um programa que não se acaba e tem criado inúmeras dificuldades aos cidadãos e as empresas.
Enfatizou ser um trabalho contínuo a se fazer para que o país esteja cada vez melhor no acesso, qualidade e segurança na internet.