Huambo – A modernização tecnologia, a formação permanente dos profissionais e a expansão do sinal às localidades afastadas constituem os principais desafios da Rádio Nacional de Angola (RNA), segundo o responsável da emissora provincial do Huambo, João Pedro.
Abordado pela ANGOP, por ocasião do 47º aniversário da RNA, que hoje se assinala, disse que esta acção visa assegurar o direito do cidadão de se exprimir e de ser ouvido, com a definição de uma agenda para o cumprimento desses desafios o mais rápido possível.
Explicou que o atraso verificado na expansão do sinal consiste na descontinuidade dos emissores existentes, que possuem equipamentos antigos e sem substituição no mercado.
Nesta altura, acrescentou, o emissor principal da Rádio Huambo tem uma potência de 10 Kilovolt (KV), porém, apenas a metade funciona, facto que tem obrigado o órgão a emitir apenas nas sedes municipais e em algumas vilas comunais.
Segundo João Pedro, esta realidade tem tornado impossível a cobertura em todo território da província do Huambo, com uma extensão de 35 mil 270 quilómetros quadrados e uma densidade populacional estimada em mais de dois milhões 600 mil habitantes, distribuídos em 11 municípios.
Informou que, para colmatar tais constrangimentos, o Grupo Rádio Nacional de Angola iniciou, há meses, um processo de apetrecho de todas as emissoras, com materiais técnicos e tecnológicos, para que os cidadãos tenham acesso a uma informação de maior qualidade.
O responsável afirmou que, com estas acções, espera-se “por bons tempos na emissora provincial do Huambo”, pois todos os cidadãos estarão a par dos acontecimentos, com qualidade nos mais variados sectores sociais.
No domínio da formação, João Pedro adiantou que a emissora tem capacitado permanente os quadros, incluídos os correspondentes municipais, na perspectiva da melhoria do serviço noticioso prestado ao cidadão.
Anunciou, para breve, a conclusão dos centros de produção dos municípios do Cachiungo e Ucuma, numa altura em que a província conta já com os do Bailundo e da Caála.
Governadora reconhece papel informativo da RNA
A governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, reconheceu o papel da Rádio Nacional de Angola, enquanto principal veículo de informação, pois, não obstante as adversidades, sempre acompanhou os vários contextos da história de Angola.
Numa mensagem de felicitações, a que ANGOP teve acesso, a governante encoraja os trabalhadores da Rádio Huambo, em particular, a prosseguir com abnegação, patriotismo e espírito de missão às tarefas a que lhes são acometidas, para além de pautarem pelo exercício de um jornalismo que cumpra rigorosamente com as normas que regem a profissão.
Sublinhou que, para além de unir o país, ao longo dos seus 47 anos de existência, a Rádio Nacional de Angola tem sido o garante da liberdade de expressão e promotor dos valores cívicos, políticos, culturais, linguísticos, entre outros.
A Rádio Nacional de Angola (RNA) é uma empresa de radiodifusão pública da República de Angola, fundada em Outubro de 1975, cuja sede situa-se em Luanda.
A RNA opera oito estações de rádio na capital (Canal A, Rádio N'Gola Yetu, Rádio Luanda, Rádio FM Estéreo, Rádio 5, Rádio Cazenga, Rádio Escola e Rádio Viana), 18 estações regionais (uma por província) e uma estação de rádio internacional (Serviço Internacional).