Salário mínimo e ajuste devem acompanhar inflação

     Sociedade           
  • Bengo     Quarta, 16 Fevereiro De 2022    16h29  
Armazém grossista de venda de bens alimentares
Armazém grossista de venda de bens alimentares
Mauro Leal

Caxito – Sindicalistas e economistas da província do Bengo consideraram, nesta quarta-feira, em Caxito, que o aumento do salário mínimo nacional e o ajuste na Função Pública deve acompanhar o índice de inflação, para repor o poder de compra do cidadão.

Aprovado a 31 de Janeiro deste ano, pelo Conselho de Ministros, o aumento do salário mínimo nacional na ordem de 50 por cento e o ajuste de 4 por cento na função pública, visa fazer face a degradação do poder de compra dos trabalhadores e a necessidade de manutenção e sustentabilidade económica.

O secretário-geral da União dos Sindicatos da província do Bengo, Manuel Bento de Azevedo, reafirmou que a UNTA defende um salário mínimo de 100 mil kwanzas e que governo deveria repensar nesta possibilidade.

Na opinião do secretário provincial do Sindicato Nacional de Professores no Bengo, César Gomes António, estes aumentos não se traduzirão na melhoria das condições de vida das famílias, porque o salário mínimo nacional neste momento está fixado entre 30 a 35 mil kwanzas e com o acréscimo poderá fixar-se apenas em mais de 60 mil kwanzas.

Por isso, sugiro um aumento de salário mínimo na ordem de 150 por cento, para fazer face à inflação, pontualizou.

Para a docente universitária, Carla António, a decisão do governo surge num bom momento, pois os trabalhadores da função pública vivem em condições de vida difícil.

Segundo a funcionária pública, neste momento é compreensível a implementação deste incremento pois constitui uma estratégia de voltar a colocar o país na rota do crescimento económico, asseverou.

“Para nós que ganhamos menos e mais sofremos com o impacto da inflação e as dificuldades em adquirir a cesta básica, a decisão é bem-vinda, mas esperamos ele  se reflita realmente na felicidade e progresso das famílias”, ressaltou.

Para o economista Mateus Congo, a medida do Executivo é razoável, tendo em conta o contexto socioeconómico que o país vive, sobretudo, na disponibilidade das finanças públicas.

O grande objectivo, disse, é repor o poder de compra das famílias, em particular dos trabalhadores, que nos últimos tempos têm assistido dificuldades na aquisição de bens.

Ainda assim, sublinhou, o incremento anunciado não se ajusta a grande perda do poder de compra que se regista nos últimos dias, apesar dos  inúmeros esforços que estão ser feitos.

O economista referiu também que, apesar de algumas reclamações, é preciso reconhecer que o actual contexto socioeconómico do país obriga uma certa prudência devido ao preço do petróleo que se regista neste momento no mercado internacional, que pode baixar a qualquer momento.

“Esta situação exige das finanças públicas uma certa precaução”, sublinhou.

Para regular o mercado e influenciar a baixa de preços dos produtos alimentares essenciais que integram a cesta básica, o Executivo angolano operacionalizou a Reserva Estratégica Alimentar (REA).





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