Viana - O Serviço de Investigação Criminal (SIC) apresentou, esta quinta-feira, em Luanda, quatro cidadãos nacionais indiciados nos crimes de associação criminosa e roubo qualificado de viaturas que se dedicavam ao serviço de táxi personalizado.
Segundo o chefe do gabinete de comunicação do SIC Luanda, Fernando Carvalho, dos detidos dois foram postos em liberdade provisória sob termo de identidade e residência, por terem sido apenas os receptores das viaturas, sendo que o principal suspeito da autoria do crime encontra-se detido no hospital enfermaria por se encontrar adoentado.
Explicou que os implicados têm idades compreendidas entre os 32 e 54 anos, que para as suas acções muniam-se de rmas de fogo e atraíam as vítimas através dos aplicativos Heetch, Yango, Ugo e outros que prestam serviço de táxi personalizado.
“Os marginais solicitavam estes serviços e ao longo do percurso e sob fortes ameaças de morte anunciavam o assalto. Acto contínuo, apossavam-se das viaturas e dos pertences dos motoristas, amarravam e abandonavam-os em áreas isoladas”, salientou.
Acrescentou que os acusados têm como preferência viaturas de marca Suzuki, modelo Spresso, que após os assaltos são desinstalados os dispositivos GPS e entregues aos comparsas para a sua comercialização nas províncias de Luanda, Huíla e do Namíbe ao preço de dois milhões e quinhentos mil kwanzas.
Ressaltou que os implicados são recorrentes nesta prática, porquanto já foram condenados a 12 anos de prisão, tendo cumprido metade da pena na Comarca de Viana.
Por esta razão, reafirmou o empenho do SIC no combate à criminalidade, apelando à participação da população na denúncia de actos ilícitos.
Na ocasião, o cidadão Capapelo Hamuiela, uma das vítimas, disse que foi assaltado por volta das 21 horas no distrito do Zango, tendo sido amarrado pelos meliantes e deixado numa zona baldia.
“Estou satisfeito por estar vivo e recuperado a viatura pelos efectivos da Polícia Nacional”, realçou.
Na ocasião, o SIC fez-se a entrega de viaturas recuperadas aos respectivos proprietários e os implicados foram presentes ao Ministério público e ao juiz de garantias, que pela gravidade do caso aplicou a prisão preventiva como medida de coação.HDC/MCN