Lubango - Uma cidadã de 26 anos de idade é suspeita de ter abandonado o filho recém-nascido, no quintal de uma casa, 40 dias após o parto, no Lubango, província da Huíla, por alegada “pressão” de seu amante, por sinal um suposto padre.
A mulher, já detida, disse à imprensa no acto de apresentação pelo SIC, que mantém uma relação extra-conjugal com o sacerdote do município da Chibia há já seis anos, de que resultou numa filha e que este teria se zangado por ela engravidar “de novo” do marido.
“O pai da minha filha é padre na Chibia e ameaçou-me expulsar da casa onde vivo com o meu actual esposo, pois foi ele comprou-a para a filha e quando saí do hospital, pensei ter sido a atitude mais correcta, levar a criança a uma casa próxima do bairro”, disse.
Por sua vez, o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) na Huíla inspector Segunda Quitumba, referiu que a cidadã deu à luz dia 24 de Janeiro na maternidade do Lubango e recebeu alta 18 dias depois.
Na mesma data, segundo o porta-voz, a cidadã abandonou o filho no interior de uma residência, no bairro de Nossa Senhora do Monte, onde reside e quando chegou à casa disse ao marido, pai do menor, que este teria morrido "e que o hospital assumiu o funeral".
Dada situação, o esposo recorreu à maternidade para saber das razões da unidade sanitária ter feito o enterro da criança sem o consentimento do pai e obteve a resposta que menos esperava, pelo que accionou o SIC, que descobriu a encenação.
Declarou que o bebé foi encaminhado à Polícia pelos vizinhos, está bem e sob cuidados na pediatria do Lubango, não obstante a isso foi criada uma comissão que está a averiguar a situação da avó, mãe da suspeita, que poderá ficar com o menor.
Segunda Quitumba referiu que o SIC está a trabalhar para determinar a veracidade da informação passada pela cidadã em causa, a respeito de ter sido um padre o autor moral do crime. EM/MS