Mbanza Kongo – O supervisor do programa da tuberculose e lepra na província do Zaire, Massaki Faustino Domingos, defendeu esta sexta-feira, em Mbanza Kongo, a expansão dos serviços de diagnóstico, tratamento e controlo da doença para o interior da região.
Em entrevista à ANGOP, o responsável disse que actualmente só o município de Mbanza Kongo, sede da província, dispõe de centros (9) de tratamento e diagnóstico da tuberculose.
Acrescentou que nas demais cinco circunscrições da província os serviços da tuberculose são prestados nos hospitais municipais, situação que tem criado constrangimento no normal funcionamento das unidades sanitárias locais.
“É uma situação constrangedora, visto que os pacientes com essa doença precisam de uma área de atendimento específica para se evitar a propagação da doença”, referiu.
Disse que a província possui apenas 20 técnicos de saúde que atendem casos de tuberculose, necessitando de mais 50 para satisfazer a demanda.
Informou que 539 novos casos da tuberculose foram notificados de Janeiro a Setembro deste ano na província, representando um aumento de 128 registos face ao período homólogo de 2021.
Dos casos diagnosticados dois terminaram em óbito, disse.
Mbanza Kongo lidera a estatística com 279 casos da tuberculose, seguido pelo município do Soyo, com 229 registos.
Para as municipalidades do Nzeto e Cuimba, a fonte disse terem sido notificados 48 e 28 casos, ao passo que as localidades do Tomboco e do Nóqui confirmaram 23 e quatro casos, respectivamente.
Deu a conhecer que 15 pacientes com tuberculose com idades entre os 25 e 50 anos, encontram-se internados na região, sendo que os restantes recebem assistência médica ambulatória.
Apontou o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e do tabaco, insuficiência alimentar e o sedentarismo como alguns factores que concorrem na proliferação da doença na região.
A tuberculose é uma doença infecciosa que afecta, principalmente, os pulmões apresentando sintomas como a febre, tosse, expectoração, perda de peso, dor no peito, entre outros.