Malanje- Cinquenta técnicos agrícolas e produtores familiares apoiados pelo Projecto de Agricultura Familiar e Comercialização (MOSAP II), participam desde hoje, quinta-feira, numa formação sobre salvaguarda ambiental e social, que visa a promoção de práticas sustentáveis dos solos.
Enquadrada no âmbito das políticas operacionais do Banco Mundial (BM), o evento baseia-se no reforço da capacidade dos produtores do sector familiar de gestão integrada e sustentável do meio ambiente, mediante a eliminação de práticas de risco que comprometem a produção agrícola.
Com duração de dois dias, a formação tem ainda como objectivo, fortalecer a segurança alimentar e reduzir a pobreza no meio rural.
No acto de abertura, o director do Gabinete Provincial da Agricultura e Pescas, Carlos Chipoia, alertou os produtores para a necessidade do uso moderado de fertilizantes químicos e pesticidas nas actividades agrícolas, por serem nocivos ao meio ambiente e reduzem o nível de produtividade dos solos.
Apelou para a adopção de métodos sustentáveis, que concorrem para o não agravamento
da problemática da mudança climática que o mundo enfrenta.
Por sua vez, o coordenador provincial do MOSAP II, Paulo Sozinho, disse haver ainda muitas práticas que devem ser aprimoradas por parte dos produtores familiares, como o uso dos solos, aplicação de agro-químicos e a transparência na gestão dos meios materiais à sua disposição.
Durante a formação, serão abordados temas como a gestão ambiental, avaliação de riscos e gestão de impactos, cultura de salvaguarda ambiental nos projectos financiados pelo do Banco Mundial e segurança das comunidades, entre outros.
O projecto de salvaguarda ambiental e social surge sob orientação do BM, consubstanciado na prevenção dos transtornos ambientais e sociais decorrentes da actividade agro-pecuária, como queimadas, devastação de árvores, desmatação e outras práticas, que tendem a afectar a natureza, através das práticas de produção agrícola.