Huambo - Os trabalhadores da empresa pública de Águas e Saneamento da província do Huambo ameaçaram hoje paralisar os serviços, caso o Conselho de Administração não esclareça, até sexta-feira, as razões da não implementação do qualificar ocupacional.
Segundo o secretário do núcleo sindical da empresa pública de Águas e Saneamento do Huambo, Paulo Pires, que falava à ANGOP, à margem da assembleia-geral de trabalhadores, a direcção da instituição tem até quatro dias para colocar em vigor o qualificador ocupacional, acordado em 2022.
Lembrou que o salário mínimo actual da empresa está fixado em 38 mil Kwanzas, quando o qualificador ocupacional que devia entrar em vigor em 2022 prevê um alargamento para KZ 63 mil.
O sindicalista alertou que em caso de não cumprimento até sexta-feira, os trabalhadores irão partir para greve, com a suspensão dos serviços essenciais de distribuição de água.
Ao reagir o desejo dos sindicalistas, o presidente do Conselho da Administração da empresa pública de ÁguaS e Saneamento no Huambo, Adolfo Elias Gomes, disse que o incremento salarial dos trabalhadores depende, fundamentalmente, do aumento das receitas arrecadas pela instituição e, também, do desempenho de cada funcionário.
Com 376 trabalhadores, a Empresa de Águas e Saneamento no Huambo, actualmente, conta com 86 mil clientes cadastrados, dos quais 56 mil activos, mas com uma cultura de pagamento na ordem de 50 por cento.
Localizada no Planalto Central de Angola, esta província, constituída por 11 municípios, conta com subestações de tratamento e distribuição de água em apenas três municipalidades (Caála, Huambo e Ecunha), sendo que nos próximos tempos entrará em funcionamento a do Bailundo, segundo Adolfo Elias Gomes. LT/ALH