Huambo – O núcleo sindical da empresa pública de Águas e Saneamento do Huambo suspendeu hoje a greve iniciada na madrugada de segunda-feira, que visava exigir a implementação do qualificar ocupacional, acordado em 2022.
A suspensão da greve, segundo apurou ANGOP, resultou de um memorando de entendimento, entre o Conselho de Administração e o sindicato, numa altura em que a empresa não dispõe de verbas para aumentar o salário mínimo de 38 mil para 63 mil Kwanzas.
Tratava-se da primeira fase da greve, que devia terminar a 25 do corrente mês e, posteriormente, despoletar a 2ª, 3ª e 4ª fases, com o objectivo de pressionar o Conselho de Administração a implementar o qualificar ocupacional.
Em breves declarações à ANGOP, o presidente do Conselho de Administração da EPAS na província do Huambo, Adolfo Elias Gomes, disse que, depois de um encontro amigável, entre as partes, chegou-se a conclusão de que não há necessidade de aumentar o salário, pois as facturações não são suficientes para que tal facto se concretize.
Acrescentou que as partes decidiram trabalhar em consenso na recuperação da dívida dos clientes para com a empresa, avaliada em um bilião 500 milhões de Kwanzas, visando a melhoria da rede de abastecimento de água e das condições de vida dos trabalhadores.
Com 376 trabalhadores, a empresa de Águas e Saneamento no Huambo, actualmente, conta com 86 mil clientes cadastrados, dos quais 56 mil activos, mas com uma cultura de pagamento na ordem de 50 por cento. ALH