Caxito – Trabalhadores da empresa Novagrolíder em Caxito, província do Bengo, retomaram hoje, quarta-feira, as actividades laborais, suspensas durante dois dias, devido a uma greve em que exigiam o aumento de salário.
Em declarações à ANGOP, o advogado da empresa, Alberto Tchitunda, explicou que empresa tomou conhecimento da realização da greve no dia 3 de Fevereiro, por meio de um documento que indicava a paralisação das actividades laborais segunda-feira (6).
No documento os trabalhadores reivindicavam o incremento salarial de 32 mil kwanzas, para 50 mil e as faltas injustificadas descontadas no período de férias.
Para ultrapassar a situação e apesar da greve não cumprir com os procedimentos exigidos por lei, a empresa reuniu nesta terça-feira (7) com os trabalhadores onde manifestou a disponibilidade em rever determinados salários, informou.
“Neste encontro grande parte dos trabalhadores entendeu e concordou em prosseguir com as actividades depois de reconhecer a ilegalidade da grave”, sublinhou.
Sem apontar os prejuízos causados, disse apenas que neste momento foi aberto um mecanismo de auscultação onde os trabalhadores de forma individual ou colectiva poderão expor as suas preocupações.
Alberto Tchitunda informou que a direcção da empresa está aberta ao diálogo, no sentido de ouvir as preocupações e melhorar algumas condições laborais.
Contactados pela ANGOP, alguns funcionários reconheceram a ilegalidade da greve e afirmaram estar em condições de retomar as suas actividades.
Os entrevistados pediram anonimato e referiram que o encontro realizado com a direcção da empresa permitiu ultrapassar as divergências.
Recorde-se que segunda-feira alguns trabalhadores da empresa NovaAgrolider iniciaram uma greve onde reivindicavam um aumento salarial, melhoria das condições laborais e a revisão do horário do trabalho.
Exigiam também equipamentos próprios para o trabalho como botas de lona e capas de chuva.
A Fazenda NovagroLider faz parte do GrupoLider, uma empresa de direito angolano que desenvolve actividades em vários sectores da economia.
A empresa que conta com mais de mil trabalhadores, produz anualmente mais de 60 mil toneladas de frutas, onde a banana constitui a principal produção.
Para além da banana, cultiva manga, pitaya, melão, melancia, abacaxi, papaia, mamão, maracujá e goiaba.
