Ramiros - Três mil e quatrocentas pessoas visitaram o Museu Nacional da Escravatura, de Janeiro a Abril deste ano, localizado no distrito do Morro dos Veados, município de Belas, em Luanda.
Em comparação ao idêntico período anterior, houve um aumento de 110 visitantes, informou nesta quarta-feira o director geral do Museu, Vladimir Fortuna, em declarações à ANGOP.
Explicou os visitantes são maioritariamente estudantes, enquanto 12 % são estrangeiros.
Para o acesso ao museu, disse, cobra-se uma taxa de 180 kwanzas para nacionais e 350 para estrangeiros, estando isentas de pagamento as crianças menores de 12 anos, adultos com mais de 60 anos e os antigos combatentes.
Fundado a 7 Dezembro de 1977, o museu, que retrata a história da escravatura, tem cinco salas que abordam temas como a relação entre a escravatura e a religião, a travessia do atlântico, a escravatura doméstica, a escravatura na plantação, a cultura afro-americana e a resistência contra a escravatura.
De acordo com Vladimir Fortuna, a aquisição mais recente do acervo aconteceu em 2014, por ocasião do Festival Nacional da Cultura, constituído por oito peças formadas por esferas de ferro, originárias das províncias de Cabinda e Mbanza Congo.
O acervo existente no museu, prosseguiu, começou a ser recolhido ainda no período colonial na estação arqueológica de Cabolombo e durante as campanhas desenvolvidas, após a Independência, pelo Laboratório Nacional de Antropologia e o Instituto Nacional do Património Cultural.
O Museu Nacional da Escravatura tem em curso projectos no âmbito da investigação como a identificação das antigas fazendas coloniais, onde se praticava a escravatura, a identificação dos lugares de memória do tráfico de escravos,dentre outros.
No Baptistério do Morro da Cruz, denominação na época colonial, passavam escravos capturados nas regiões do Dondo, Massangano, Cambambe, Muxima, com destino ao Brasil, Antilhas Francesas e para as colónias espanholas da América do sul. AP/JG/ART