Menongue - Treze pessoas morreram no período entre Novembro de 2020 a Novembro de 2021, na província do Cuando Cubango, vítimas de ataques de Jacaré nos principais rios existentes nessa região.
No período, foram registadas 373 ocorrências diversas, com destaque para 32 afogamentos, com o município de Menongue, capital da província, a liderar com 23, Calai com quatro, Cuito Cuanavale com três e Dirico com dois.
Consta ainda o registo de 140 incêndios, ocorridos em Menongue, com 113, Calai 10, Cuchi com cinco, igual número no Dirico, Mavinga com três, os mesmo no Cuito Cuanavale e Cuangar com um caso.
Dentre as causas, destaca-se curto-circuito com 38 ocorrências, fuga de gás com 10, presumível fogo posto com 64 e negligência com 10.
Os sectores mais afectados foram residencial com 61, estabelecimentos comerciais com sete, estabelecimentos públicos cinco, transportes 25, ambiente 44 e o sector energético com três casos.
As ocorrências causaram danos humanos de seis mortos e oito feridos, sendo que os danos materiais foram avaliados em 60 milhões e 720 mil kwanzas.
Os dados foram apresentados pelo subcomissário bombeiro Manuel Crespo dos Santos, comandante dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros do Cuando Cubango, durante o acto comemorativo dos 41 anos de fundação da corporação, acrescentando que durante o período em referência as descargas eléctricas atmosféricas provocaram quatro mortes e seis feridos.
Sobre a actividade profilática foram realizadas mil 333 trabalhos, sendo 66 inspecções iniciais, 461 inspecções de rotina, 70 vistorias, entre outras.
Nestes trabalhos foram ditadas 124 medidas, das quais 670 foram cumpridas, 121 não cumpridas e 663 por se cumprir, tendo permitido ao órgão arrecadar para a Conta Única do Tesouro (CUT) oito milhões, 715 mil e 787 kwanzas, referente ao pagamento de taxas, emolumentos diversos e multas.
Relativamente à situação de protecção civil, a comissão executiva provincial teve o registo de 137 residências destruídas, 264 danificadas, 123 alagadas, perfazendo um total de 524.
Houve, de igual modo, o registo de mil, 647 lavras destruídas, sendo mil 596 por elefantes, 51 por gafanhotos, 22 hortas danificadas por outros insectos e 137 lavras inundadas.
Para dirimir a penúria das famílias afectadas, o governo e os parceiros sociais fizeram chegar a província 170 toneladas de produtos diversos alimentares e não alimentares, distribuídos à população afectada.