Lobito – A Administração Municipal do Lobito, na província de Bengela, trabalha para organizar a venda ambulante da zona comercial, no quadro do novo código de postura da cidade.
Falando a Rádio Lobito, o administrador local, Evaristo Calopla Mário, fez saber que para acomodar os vendedores ambulantes, na sua maioria senhoras, a Administração prevê a construção de um mercado da frutas e hortaliças e eventualmente artesanato, para garantir que as pessoas saibam onde devem comprar esses produtos.
“É preciso construir uma sociedade organizada e sustentável”, realçou o administrador, acrescentado que muita gente prefere vender na rua para não pagar a devida taxa.
Calopa Mário informou que a Administração está no processo de recepção do Mercado Municipal para submete-lo a concurso público para exploração privada.
Referindo-se ao mercado improvisado na zona alta, vulgo “Katuma”, onde está a maior concentração da população do Lobito, anunciou a sua desactivação imediata, face aos perigos que o mesmo apresenta por estar a beira da estrada.
“Já estamos a localizar um espaço, não longe daquele local, para acomodar os vendedores porque este mercado tem criado muitos constrangimentos aos munícipes, desde a travessia de peões, ao engarrafamento de veículos”, sublinhou.
Sobre os dois principais mercados da cidade, explicou que a sua construção será uma mais valia, na medida em que vai absorver muita gente que comercializa os seus produtos em condições precárias e em qualquer lugar.
“O espaço do mercado do Tchapangule, a ser construído no âmbito do Projecto de Infra-estruturas Integradas, sob responsabilidade do Governo Provincial, ocupará 11 hectares e será construído entre cinco a seis meses”, explicou.
Acrescentou que está vedado, e já se fez a recolha de todos os inertes e as estruturas começarão a ser erguidas a qualquer momento.
O Tchapanguele vai acomodar os feirantes que actualmente estão distribuídos em vários lugares, tais como no espaço adjacente ao mesmo mercado, na entrada do bairro São João e na zona do Atlético, situada no bairro do Liro.
Quanto ao mercado do Compão, inscrito no Plano Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM), terá 12 hectares e meio e será construído no mesmo período de tempo,.
Segundo o administrador, o concurso público para encontrar a empresa que vai se encarregar das obras, está na fase terminal.
Quantos aos serviços, está previsto para ambos, áreas de venda, de refrigeração, de serviços, escritórios, zonas de estacionamento e edifícios auxiliares para que os compradores encontrem de tudo um pouco, naquele espaço.
Adiantou ainda que a exploração desses mercados será terciarizada e para o efeito, estarão submetidos a concurso público, para pessoas colectivas com capacidade, de acordo com os procedimentos contratuais.
O município do Lobito tem uma extensão territorial de dois mil e 700 quilómetros quadrados, ocupando sete por cento do território da província de Benguela. Tem uma população estimada, acima de 500 mil habitantes, segundo dados da Administração.