Ndalatando – A vice-governadora do Cuanza Norte, Luzia José, pediu esta terça-feira, na cidade de Ndalatando, maior empenho dos agentes de desenvolvimento comunitário e sanitário (ADECOS), na materialização dos programas do Executivo de combate à fome e à pobreza nas comunidades.
A governante falava na abertura do ciclo de formação regional dos supervisores e formadores dos ADECOS das províncias do Zaire, Bengo e Cuanza Norte, que terá a duração de 24 dias e vai actualizar conhecimentos sobre cidadania, agricultura, saúde e acção social.
Luzia José considerou que os ADECOS constituem o “elo” entre o governo e as populações que residem nas comunidades, contribuindo para a resolução dos seus problemas.
Para si, a implementação do Programa Nacional dos ADECOS, reafirma o compromisso do Executivo angolano em expandir os serviços sociais nas comunidades e estimular o desenvolvimento das circunscrições mais pobres e vulneráveis.
Asseverou que a figura do ADECOS surge em função da necessidade do Governo prestar assistência, assegurando uma relação saudável entre os órgãos da administração local do Estado e a população, por meio de acções de apoio às famílias no acesso aos serviços sociais básicos.
Esses programas são materializados com acções que promovem a empregabilidade, através de processos de formação profissional, combate à fome e pobreza, mediante transferências sociais monetárias, entre outras.
Em declarações à imprensa, o responsável do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS) no Cuanza Norte, Lourenço Matias, esclareceu que a acção formativa visa garantir que os municípios de intervenção do KWENDA tenham técnicos com formação e conhecimentos capazes de dar resposta aos problemas locais.
Informou que, no âmbito da capacitação, foram formados 212 ADECOS, em sete dos 10 municípios da província, com excepção de Cambambe, Lucala e Bolongongo.
Lourenço Matias asseverou que, no quadro das Transferências Sociais Monetárias, 19 mil e 151 famílias foram beneficiadas, nos municípios do Golungo Alto, Ambaca, Quiculungo e Banga, com mais de 400 milhões de kwanzas.
O responsável explicou que oito mil 28 famílias, residentes nos municípios de Ngonguembo e Samba Caju, vão beneficiar, a partir do primeiro trimestre deste ano, das transferências sociais monetárias.
Foram cadastradas, nos meses de Setembro e Novembro de 2023, seis mil e 277 agregados em Samba Cajú e mil e 751 no Ngonguembo, que vão receber cada 66 mil kwanzas, correspondendo a seis meses, num valor de 11 mil kwanzas, por cada prestação mensal.
Lourenço Matias informou, igualmente, que no decurso desde mês de Janeiro, o programa vai ser, também, lançado no município de Cambambe, onde prevê abranger cerca de 20 mil agregados.
Avaliado em USD 420 milhões, o KWENDA é financiado em 320 milhões, pelo Banco Mundial, e em cem milhões provenientes do Tesouro Nacional.
O Programa é operacionalizado pelo FAS, agência governamental que, em coordenação com outros programas de combate à pobreza, contribui para a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades.
Além das transferências sociais monetárias, compreende, ainda, as componentes da Inclusão Produtiva, Municipalização da Acção Social, através da criação dos Centros de Acção Social Integrados (CASI) e o Fortalecimento do Cadastro Social Único. EFM/IMA/OHA