Mbanza Kongo – As duas bombas de combustível (Pumangol e Sonangol) que atendem a cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, estão, há dois dias, encerradas por falta de combustível.
A escassez de gasolina e gasóleo nos postos de abastecimento da cidade de Mbanza Kongo tem sido recorrente nos últimos dois meses, provocando especulação de preços no mercado informal local.
A título de exemplo, um litro de gasolina, comercializado a 160 Kwanzas nos postos oficiais de abastecimento, está a custar, no mercado informal, entre 400 a 600 Kwanzas.
Por falta de gasolina, o serviço de táxi está condicionado, havendo alguns a encurtarem as rotas e a alterarem o preço da corrida de 150 para 300 Kwanzas.
A situação está a embaraçar a vida dos citadinos de Mbanza Kongo, que usam transportes públicos para se deslocarem aos locais de serviço, escolas, mercados e lavras.
“Quando chega uma cisterna às bombas da Pumangol ou Sonangol só faz uma a duas horas e o combustível acaba, deixando muitos automobilistas sem a possibilidade de abastecer os seus carros”, disse o taxista João Mendes.
Fontes das duas operadoras (Pumangol e Sonangol) contactadas pela ANGOP afirmaram que a escassez do produto na cidade de Mbanza Kongo se deve a capacidade limitada de abastecimento dos camiões cisternas a partir da base logística, localizada na cidade do Soyo (província do Zaire).
Antes do eclodir da pandemia da Covid-19, acrescentaram, o carregamento dos derivados de petróleo era feito a partir de Luanda, de onde chegavam semanalmente duas a três cisternas.
De momento, só se consegue carregar uma cisterna de 35 mil litros/por semana, quantidade irrisória para satisfazer a demanda, afirmaram as fontes.
O taxista José Fernandes disse não entender o que estará na base das constantes rupturas de gasolina e gasóleo na cidade de Mbanza Kongo, já que a Sonangol comunicou, há dias, que não há ruptura nas suas reservas nacionais.