Mbanza Kongo – Quinhentos cidadãos residentes em zonas ribeirinhas do município fronteiriço do Nóqui, província do Zaire, começaram, desde sexta-feira, a beneficiar, pela primeira vez, de assentos de nascimentos, no âmbito da campanha de massificação do registo civil e atribuição de bilhetes de identidade.
Trata-se da população residente nas aldeias de Txatxia, Kinganga e Kizundu, localidades fronteiriças com a República Democrática do Congo (RDC).
Em declarações à ANGOP, o administrador municipal do Nóqui, Manuel José António, destacou a presença de equipas de brigadas de registo civil na região, sublinhando que muitos concidadãos terão, pela primeira vez, um documento de cidadania angolana.
“Acreditamos que, com a campanha de massificação de registo civil e atribuição de bilhetes de identidade, os habitantes das aldeias de Txatxia, Kinganga e Kizundu terão, nos próximos dias, documentos que os identificam como angolanos”, expressou.
Informou que uma brigada de registo civil composta por nove técnicos foi colocada nessas aldeias para registar crianças e adultos desprovidos de documentos de cidadania angolana.
Manuel José António disse que a Administração Municipal do Nóqui prestou o apoio logístico aos técnicos da brigada para que a campanha tenha resultados satisfatórios.
“São localidades de difícil acesso devido à sua localização geográfica. Só se vai de embarcação, meios que a Administração Municipal não dispõe de momento”, referiu.
Banhado pelo rio Zaire, o município fronteiriço do Nóqui tem uma população estimada em mais de 23 mil habitantes distribuídos em três comunas: Lufico, Mpala e Sede.