Mbanza Kongo – O centro materno-infantil de Mbanza Kongo, província do Zaire, necessita, com urgência, de obras de reabilitação e ampliação, com vista a melhorar as condições de atendimento ao público.
Localizado no bairro 11 de Novembro, o referido centro atende diariamente uma média de 253 gestantes, recém-nascidos e parturientes, nas áreas de consultas pré-natal, puericultura, banco de urgências, análises clínicas e vacinação.
De acordo com o administrador da instituição, Zola Mambote, que falava à ANGOP, estão disponíveis apenas 30 camas para a observação de pacientes, número insuficiente se comparado com a actual demanda.
Informou que as estruturas do edifício já apresentam também sinais de degradação acentuada, com realce para o laboratório de análises clínicas e a sala de espera, onde já filtra água das chuvas.
Fez saber que o centro conta com 66 técnicos, 60 dos quais enfermeiros e apenas três médicos, precisando-se de mais cinco médicos e 54 novos profissionais da enfermagem para melhorar o atendimento.
Apontou a malária como a doença que mais se regista nesta instituição sanitária que funciona há mais de 15 anos como centro materno-infantil, sendo a única com esta categoria no município de Mbanza Kongo, além do hospital provincial.
Zola Mambote falou também do registo de dois casos diários de tuberculose no laboratório desta unidade sanitária em pacientes jovens com idades entre os 16 e 25 anos, justificando o consumo de drogas, tabaco e álcool como a principal causa.
Por outro lado, lamentou a inexistência de uma fonte alternativa (grupo gerador) de geração de energia eléctrica, frisando que esta situação obriga a utilização de lanternas de telemóveis para a assistência de partos no período nocturno, sempre que há falha da energia na rede pública.
Disse haver todas as vacinas que comportam a caderneta do Ministério da Saúde no centro para imunizar mulheres grávidas, crianças menores de cinco anos de idade e outras franjas.
Em relação aos fármacos frisou que estão disponíveis apenas medicamentos essenciais, sobretudo, para o tratamento da malária, a doença mais frequente na localidade.
Quanto a mortalidade infantil, disse que o centro registou apenas três casos, no primeiro semestre deste ano, dois dos quais por negligência das parturientes, por ausência nas consultas pré-natais e preferência ao tratamento tradicional.
“O terceiro caso foi por malformação congénita”, concluiu a fonte.
O município de Mbanza Kongo tem uma população estimada em mais de 180 mil habitantes, distribuídos pelas comunas de Mbanza Kongo (Sede), Luvo, Madimba, Kaluka, Kalambata e Nkiende.