Soyo – O sociólogo Manuel Ramos, condenou, esta terça-feira, no Soyo, província do Zaire, os pais que se abstêm em prestar assistência alimentar e outros apoios a seus filhos.
Em declarações à ANGOP para se debruçar sobre a fuga à paternidade, o especialista considerou que fenómeno tem contribuído na desestruturação de muitas famílias.
O sociólogo, apontou o diálogo franco e aberto entre cônjuges como uma das vias para dirimir este mal que começa a ganhar contornos alarmantes um pouco por todo o país.
Para si, apenas uma convivência salutar entre os progenitores pode projectar um futuro promissor para os filhos.
"A fuga à paternidade tem implicações muito negativas na família, com realce para a educação dos filhos e o seu comportamento na sociedade", destacou.
Entretanto, a directora municipal do Soyo da Acção Social, Família e Igualdade do Género, Palmira Virgílio, disse que de Janeiro a Junho deste ano foram registados 350 casos de fuga à paternidade na região.
Disse ter havido um aumento de 70 casos comparativamente a igual período de 2020.
Entre os factores que concorrem para este fenómeno, a responsável apontou o desemprego, a poligamia e o excesso de bebidas alcoólicas.
Sem apresentar dados estatísticos, a fonte disse que alguns casos foram resolvidos na sua instituição, ao passo que outros foram encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR) para o devido tratamento.
