Lobito - Mais de duzentos mil moradores da zona alta do Lobito, com a maior densidade populacional da cidade, vai beneficiar do fornecimento de água potável, em 2022, à luz de um projecto lançado esta segunda.feira, na Centralidade local.
Orçado em cerca de quatro milhões de dólares e com um prazo de execução de oito meses, o projecto terá a capacidade de fornecer doze mil e 500 metros cúbicos de água por dia.
O protocolo foi assinado pelo Fundo de Fomento Habitacional, dono da obra, a empresa chinesa CITIC, empreiteira, e a Empresa de Água e Saneamento do Lobito, que vai acompanhar os trabalhos.
O Governo Provincial, que garante o apoio institucional, fez-se representar pelo vice-governador para área Técnica e Infra-estruturas, Adilson Gonçalves.
Na ocasião, o vice-governador adiantou que a infra-estrutura a ser instalada estará interligada à já existente, com a captação de água no campo do Chiule e adução e tratamento do Luhongo, ambos no município da Catumbela, passando pela rotunda do Africano e pelo Lobito Velho, para culminar no reservatório da Centralidade.
"Vai contar com material de última geração, desde electro-bombas, condutas e sistemas de adução que vão fazer a recepção do volume de água disponível", frisou.
Já o Presidente do Conselho de Administração da EASL, Henrique Calenga, assegurou que a sua empresa vai abastecer a Centralidade e bairros vizinhos, como Lixeira 27 de Março, Candimba, Alto Liro e 4 de Abril, com água potável 24 horas por dia.
"A EASL vai trabalhar com a CITiC e a Administração municipal, principalmente por causa das escavações e movimento de máquinas que vão intervir nas zonas abrangidas pelo projecto", explicou o PCA.
Henrique Calenga aproveitou para fazer um apelo a população no sentido de colaborar com a sua empresa, de maneira a facilitar os trabalhos que vão beneficiar a comunidade daquela área.
Por sua vez, o administrador municipal do Lobito, Evaristo Calopa Mário, afirmou que este evento é motivo de muita satisfação, uma vez que vai minimizar o sofrimento das populações daquela zona, na sua maioria privada de água corrente já há alguns anos.
Pediu calma e paciência aos cidadãos, acrescentando que "esta é uma demonstração do desejo do Governo em ir ao encontro dos problemas do povo".
Quando a fiscalização da obra, disse estar acautelada e vai aprimorar os mecanismos de controlo, contando também com os órgãos policiais para inibir quaisquer práticas que prejudiquem o projecto.
Os moradores da zona alta que assistiram o acto de adjudicação do projecto sentiram-se regozijados por preverem o fim do sofrimento de acarretar água com bidões na parte baixa da cidade, gastando dinheiro com transporte ou comprando o líquido em camiões cisternas.
Actualmente, o Centro de Abastecimento de Água do Lobito, que também fornece a Catumbela, tem uma capacidade instalada de cinco mil e 400 metros cúbicos de água por hora, mas trabalha apenas a 50 por cento por causa de equipamentos obsoletos que funcionam desde 2007.