Angola lidera programa de partilha de Satélite da SADC

     Tecnologia           
  • Luanda     Terça, 02 Abril De 2024    11h01  
Mário Oliveira, MTTICS
Mário Oliveira, MTTICS
Gaspar dos Santos-ANGOP

Luanda – Angola lidera o Comité de Direcção, no âmbito do programa de partilha de satélite da SADC, por ter o escritório regional instalado e a funcionar em Luanda, informou, esta terça-feira, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.

Ao  discursar na abertura da III edição da Conferência Espacial de África (NewSpace Africa 2024), o governante  acrescentou igualmente que o país tem uma presença relevante no Comité Consultivo da Organização Internacional de Satélite e, deste modo, “podemos dar o nosso contributo para o fortalecimento e engrandecimento da indústria espacial angolana, tornando-a ao serviço dos africanos”.

Apontou que, a utilização e gestão coordenada do espaço rádio frequência e das órbitas dos satélites geoestacionários e não geoestacionários, que são recursos escassos ilimitados, têm sido defendidos amplamente  por Angola, em fóruns  internacionais como a Conferência Mundial de Rádiocomunicações (WRC-23) da UIT, do qual o país tem tido um papel activo nessas matérias.

Mário Oliveira disse que o Executivo tem implementado diversas acções para garantir que o país assuma um papel de co-liderança na região e participe de modo relevante no contexto internacional em matéria espacial.

Realçou que Angola tem desenvolvido um conjunto de projectos que têm reflexo na integração regional da SADC, sendo que os investimentos em infra-estruturas espaciais,como o satélite de telecomunicações, constitui, para os países africanos, a resposta para uma maior conectividade, a custos acessíveis, pois o acesso às comunicações fiáveis é factor de desenvolvimento económico e de inclusão social.

Conforme é citado no Livro Branco das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação, e na Estratégia Espacial Nacional 2016-2025, fez saber que o Executivo angolano orientou a concepção, construção, desenvolvimento e colocação em órbita de um satélite de telecomunicações, denominado ANGOSAT-2, colocando Angola num  grupo restrito de quatro países africanos proprietários de um satélite de telecomunicações, nomeadamente a Angola, Nigéria, Argélia e o Egipto.

Recordou que há mais de um ano o país tem em órbita o ANGOSAT-2, que é completamente gerido e operado por quadros angolanos, formados nas maiores universidades e instituições de ensino da indústria espacial do mundo, cujos trabalhos têm recebido os mais variadas elogios e premiações internacionais.

Actualmente, o ANGOSAT-2 é operado em terra por um Centro de Controlo e Missão de Satélites (MCC), localizado nos arredores de Luanda e com uma capacidade instalada de operar três satélites em simultâneo.

No capítulo do apoio social, o ministro indicou que o desenvolvimento do Projecto Conecta tem sido uma grande alavanca para o aumento da literacia digital e a aproximação de populações angolanas que vivem em zonas remotas aos órgãos centrais da administração do Estado e o apoio à educação e ensino, estando a beneficiar, neste momento, mais de 20 mil angolanos.

“No final de 2021, aderimos ao Comité para a Utilização Pacífica do Espaço Ultraterrestre das Nações Unidas (COPUOS), que é o Fórum Internacional de referência para a discussão de temas relacionados com a utilização civil do espaço. Fomos também admitidos como membro da Federação Astronáutica Internacional que é o principal órgão mundial de defesa do espaço”, asseverou.

O ministro ressaltou que em Novembro de 2023, Angola e os EUA assinaram os Acordos Artemis, que promovem a exploração espacial para o benefício de toda a humanidade, integrando, assim, um grupo restrito que reúne apenas três países africanos.

A III edição da NewSpace Africa decorre de 2 a 5 deste mês, em Luanda, na presença de representantes das maiores agências espaciais do mundo, para  abordar o papel da tecnologia do espaço no combate à pobreza, no continente africano.

A decorrer no Centro de Convenções de Talatona (CCTA), trata-se de uma “enorme exposição” de 28 organizações proeminentes da indústria espacial global e 24 outras empresas que vão expor as suas soluções e serviços aos mais de 400 delegados.

Especificamente, “stands” das principais agências espaciais do mundo, com destaque para a americana NASA, as europeias ESA e Airbus e a chinesa CAST, vão marcar presença no certame, organizado pela Space in Africa em parceria com a União Africana (UA).

A organização do evento conta igualmente com a parceria do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) do Ministério angolano das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS). ML/EH/AC





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