Luanda - O Presidente do Conselho de Administração da Angola Telecom, Adilson Santos, reiterou hoje, em Luanda, que vai transferir (subconceder) toda infra-estrutura de transporte (Backbone) nacional e da rede metropolitana de telecomunicações a privados para melhor rentabilizar o sector.
De acordo com o gestor, este é o actual foco para a empresa ombrear neste contexto com as concorrentes, num processo gerido por uma comissão de avaliação que está a tratar das candidaturas, depois de terminado o período de entregas, a 15 de Novembro deste ano.
Adilson Santos explicou que se pretende, dentro da estratégia de dinamização e rentabilização da área empresarial público, captar investimento e conhecimento do sector privado para a gestão, exploração e expansão da infra-estrutura, bem como a capacitação de quadros da Angola Telecom.
O Presidente do Conselho de Administração da Angola Telecom prestou esta informação à imprensa no acto de lançamento do livro “Redes de telecomunicações da nova geração, realidade e impacto em Angola”, do engenheiro angolano Lundoloca Garcia.
Na ocasião, o autor da obra científica fez saber que no livro está a história das telecomunicações em Angola, particularmente da Angola Telecom EP, além de referências sobre os primórdios e ou precursores dessa actividade no país, inclusive da tecnologia de ponta usada actualmente.
Lundoloca Garcia, também quadro sénior da Angola Telecom, adiantou que o referido manual é um subsídio científico para os estudantes dessa disciplina, podendo investigar e encontrar o que foi feito sobre Banda Larga, Internet e Convergência (voz, dados e vídeo) numa única plataforma.
“Vão poder ver também, segundo o autor, alguns conceitos e exercícios práticos usados para instalações e outros serviços do sistema mais técnico para a vida prática”, aclarou.
A Angola Telecom é o operador público de telecomunicações 100 por cento detido pelo Estado angolano, com representatividade em todo o território nacional. É também uma das três operadoras com licença global a operar no mercado nacional, a par da Movicel e da Unitel.
A empresa é pioneiro neste sector no país, por sinal a reguladora, tendo lançado o primeiro serviço de voz, no país, por via de outras empresas que na altura existiam no mercado, e continua a evoluir, embora actualmente não ter ainda o serviço móvel - o mais expressivo no mercado.
O processo de telefonia móvel no sector remete ao concurso público, recentemente lançado pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social (MTTICS), para a subconcessão das infraestruturas nacionais e metropolitanas da empresa.
A Angola Telecom continua expressiva no mercado, detendo com 51% de cabos submarinos internacionais, em parceria com a Angola Cables, num processo de telefonia fixa e internet.