Luanda - Quarenta e sete controladores/operadores de voo foram certificados pelo Centro de Controlo e Missão (MCC), França, para monitorar o desempenho de satélite, detectar anomalias e aplicar as acções de correcção, no âmbito do Angosat 2.
De acordo com uma nota do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), os técnicos estão capacitados para interagir directamente com o satélite e a infra-estrutura terrestre durante a sua operação em tempo real, sendo responsáveis por implementar as acções previstas no plano de actividades diário, monitorar o desempenho do satélite, detectar anomalias no satélite e aplicar as acções de correcção ou mitigação.
Segundo a nota, este artigo esclarece as principais dúvidas relativas ao modelo de treinamento e certificação de engenheiros para operarem um satélite de comunicação, tendo como base teórica a documentação contratual e a observação do modelo actualmente implementado pelo GGPEN para a certificação dos operadores/controladores de voo do satélite Angosat2.
Deste estudo resultou a identificação dos pontos fortes do modelo actual, nomeadamente a garantia da aquisição de conhecimentos sólidos e experiência para gerir a operação do satélite, de forma autónoma, capacidade para criação de documentação operacional e técnica em português.
Foi, igualmente, possível identificar um campo de melhoria deste modelo, baseado no estudo do modelo implementado pela NASA (no Bowie Satellite Operations and Control Center (BSOCC) localizado no campus da Universidade Estadual de Bowie, onde têm treinado e certificado alunos em operações de voo por satélite em tempo real desde 1996).
A construção do satélite angolano Angosat-2 surge em substituição do Angosat-1. É consequência do protocolo complementar entre Angola e a Federação Russa ao contrato de fabricação do Angosat-1, lançado em Dezembro de 2017, que por anomalia técnica teve que ser substituído.
O Angosat-1, um investimento do Estado angolano de 320 milhões de dólares, foi lançado a 26 de Dezembro de 2017.
O contrato previa, no caso da impossibilidade de colocar em órbita o Angosat-1, a obrigação da outra parte em repor os serviços.
O documento prevê também que, enquanto se espera pela construção dou novo satélite, a contra parte deve compensar. Daí estar disponível um sinal de um satélite russo para Angola.