Talatona-Os departamentos de Gestão Espacial Africanos investiram ,nos últimos sete anos, um valor avaliado em três mil milhões de dólares americanos (um dólar vale em Kz 832, 632), em estruturas satélites de comunicação, a nível do continente, informou, esta terça-feira, o Director-Geral do SpaceIn África, Temidayo Oniosun.
Ao intervir na III edição da New Space África (Conferência Espacial de África 2024), quando falava sobre o “Mercado Espacial, sublinhou que no ano de 2023, a cifra de investimento estava avaliada em 342 milhões de dólares, sendo que em alguns países os referidos montantes foram alocados em aquisição de grandes infraestruturas como satélites de comunicação.
Segundo Temidayo Oniosun, só neste ano, os departamentos de Gestão Espacial já investiram cerca de 400 milhões de dólares em termos de estruturas, números reduzidos devido a depreciação de algumas moedas africanas e não por falta de vontade dos países.
Por outro lado, defendeu que a prioridade do programa espacial africano deve estar focada no reforço da capacidade humana, na oferta de serviços e na criação de infra-estruturas.
Segundo o responsável, já é notório o investimento de algumas empresas na criação de montagem de satélite como as do Egipto, Etiópia, Nigéria, bem como na aquisição de satélites de comunicação para impulsionar o sector digital.
Para o director do Space In Africa, deve-se investir nas Universidades ou em programas que visam criar e patrocinar talentos fora do país para que as agências africanas sejam incorporadas nos sistemas económicos, tornando-as mais capazes de integrar os serviços de satélites digitais.
Sublinhou que em África já há progressos a nível de satellite, citando o caso do Egipto e destacando que o continente está a reduzir a aquisição de satélites e a investir em programas locais universitários, para criação de pequenos satélites.
“ A maior parte dos satélites que serão lançados por África em 2027 serão pequenos, com menos de 500 quilogramas e alguns desses projetos já estão em curso”, disse.
Por outro lado, indicou ainda que em 1998 o continente africano gastou cerca de cinco mil milhões de dólares para a compra de satélites, com contratos assinados com paí,ses como a França, China, Rússia e EUA.
Indicou ainda que o Sistema de Navegação de Satellite Global que valia 11 mil milhões de dólares, tende a aumentar o valor na ordem dos 13 mil milhões até 2026, ao passo que o Mercado de rotação remota deverá crescer até 183 milhões de dólares no ano de 2026.
O evento analisa como a tecnologia poderá ser usada para resolvera situação com que África se debate, quanto à pobreza, no sentido do potencialtransformador da tecnologia espacial em questões ligadas à agricultura, saúde esegurança .
O maior evento espacial do continente, organizado pela Space inAfrica, em parceria com a União Africana e o Gabinete de Gestão do ProgramaEspacial Nacional (GGPEN), reúne decisores, representantes de governos, líderesde academias e da indústria espacial africana, num ambiente que vai procuraranalisar o papel do espaço na redução do fosso da pobreza.
O evento conta com stands da NASA (Agência Espacial dos EUA), daAgência Espacial Europeia (ESA), da SANSA (África do Sul) e da KSA (Quénia). O certame reúne também representantes de 54 países, com destaquepara os emissários da NASA, agência espacial europeia, bem como da Rússia e da China.GIZ/MAG