Luanda – Uma aplicação móvel para fornecer informações precisas sobre a previsão do tempo de Angola está em preparação, pelo Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Angola (INAMET).
A informação foi prestada hoje, terça-feira, pelo director-geral do INAMET, João Afonso, durante a exposição inserida no ANGOTIC 2023.
A aplicação móvel, no formato BETA, está actualmente a ser trabalhada, para posterior divulgação ao público, devendo as pessoas baixar nos seus telemóveis, onde obterão informações precisas sobre o tempo.
Versão beta de um software ou produto é a de estágio, mas que é considerada aceitável para ser lançada para o público.
João Afonso entende que a exposição do ANGOTIC 2023 é uma grande oportunidade para divulgar o serviço, baseado nas tecnologias de informação.
A previsão do tempo nos telemóveis é do modelo global, em que Angola também contribui com a informação das estações metereológicas instaladas.
“O detalhe estará disponível no aplicativo do INAMET, que será alimentado com o modelo regional rodado na super computação, instalado no INAMET”, asseverou.
Actualmente, o INAMET está empenhado num projecto de modernização global, iniciado em 2019, que engloba uma melhor protecção das pessoas, apoio aos principais sectores económicos e uma monitorização eficiente das alterações climáticas.
Em termos de infra-estruturas, Angola tem 80 estações no país, com várias finalidades que são transmitidas no modelo global, via Pretória, e ao mesmo tempo assimilados no Data Center local.
Explicou que existe uma política de partilha de dados da Organização Mundial da Metereologia, obrigando a todos centros meteorológicos a enviar os dados para o sistema global.
Na exposição, o INAMET está a apresentar produtos de apoio à agricultura, saúde, protecção civil e bombeiros, bem como à aviação.
Fez saber que a distribuição das estações não é homogénea, mas são suficientes, respeitando a segurança e a telecomunicação com sinal 3G, sem o qual não será possível transmitir os dados remotamente para o servidor.
Segundo as condições estabelecidas pela OMM, as estações não podem estar, por exemplo, perto de um edifício e numa encosta.
O número de estações, de acordo com regras da OMM, em relação à área do país, está actualmente em 70%, do recomendável, lembrando que uma estação representa um raio de 30 KM.
O projecto de modernização inclui formação, lembrando que o INAMET é um centro de formação e treinamento regional dos PALOP, tendo a OMM orientado, recentemente, que o centro de Angola seja reactivado (o mesmo foi incluído no quadro estratégico da organização 2023-2027).
Na perspectiva de reactivar o centro e capacitar os técnicos, o INAMET tem parceria com a Universidade Agostinho Neto (UAN), com o objectivo de possibilitar os estudantes a escreverem trabalhos de final de curso e participar numa formação, que lhes servirá para ingressarem no instituto.
“Venham visitar o stand e terão uma visão geral da modernização do INAMET. Precisamos de credibilidade da população e muita gente passou e saiu com uma visão diferente da instituição”, frisou.
Finalizou que a tecnologia do INAMET, no grau de acerto é elevado, no caso de chover e não chover, apesar de que, mas em relação a quantidade ainda é necessário um tempo de estudo, de pesquisa para calibrar o modelo de acordo a região, assim como características de solo e de vegetação.PA/AC