Luanda – O país vai contar, em breve, com um Centro de Resposta de Incidentes Cibernéticos para mitigar os efeitos do crime cibernético a nível das instituições públicas, garantiu, nesta sexta-feira, em Luanda, o director nacional das Políticas de Cibersegurança e Serviços Digitais, Hecdiantro Mena.
O responsável, que falava no workshop sobre “Segurança Informática”, que visou consciencializar os técnicos que actuam no sector informático, realçou que a criação do referido centro faz parte das políticas para acompanhar e prevenir incidentes informáticos.
Hecdiantro Mena adiantou que o centro vai facilitar a identificação e dar uma resposta rápida aos ataques cibernéticos que têm sido recorrentes no país.
“ O país tem registado um número elevado de tentativas e não de sucesso desses ataques, por isso queremos mitigar os efeitos desses crimes a nível das instituições públicas”, salientou.
Por outro lado, o consultor de cibersegurança Varela Silva afirmou que o fraco grau de literacia digital, entre os usuários das plataformas digitais tem motivado o crescimento de crimes cibernéticos.
De acordo com Varela Silva, muitos usuários das plataformas digitais financeiras facilitam os ataques cibernéticos por falta de domínio dos aplicativos, o que torna um risco para a instituição e empresas prestadoras de serviço.
Para o consultor de cibersegurança, as empresas que fornecem os aplicativos devem ter um pendor social para elucidar o uso correcto das plataformas, de modo a elevar a maturidade, factor que garante a redução dos ataques.
“É fundamental validar se a empresa tem contrato ou opera em parceria com a instituição financeira, nunca actualizar os dados pessoais a partir de links, evitar partilhar os telemóveis, tabletes, portáteis e senhas de acesso”, salientou.
Estatísticas apontam que no ano de 2021 o continente africano sofreu 200% de ameaças cibernética.