Cabinda – A falta de embarcações de fiscalização para combater as constantes violações marítimas na costa marítima de Cabinda está a dificultar a actuação da Capitania do Porto de Cabinda, afirmou, nesta quinta-feira, o capitão Kanga Miala.
A capitania do Porto de Cabinda conta apenas com duas embarcações, uma das quais está no estaleiro, em Luanda, para manutenção, ficando apenas com a denominada Cdte Gika operacional.
Em entrevista à Angop, o capitão do Porto de Cabinda Kanga Miala, disse ser uma das principais preocupações do sector, tendo em atenção o controlo da navegação marítima de embarcações na costa de Cabinda.
"Com uma embarcação fica difícil fiscalizar e controlar as embarcações que se fazem a costa de Cabinda. A costa é vasta e precisamos de mais meios para combater as transgressões marítimas", disse.
Segundo Kanga Miala, a capitania do Porto de Cabinda necessita de, pelo menos, três embarcações (lanchas rápidas), motos de 4 rodas, meios que poderão agilizar o combate às transgressões na costa de Cabinda.
Sem avançar o número, apontou que na costa de Cabinda se regista, diariamente, casos de transgressões de embarcações de pescadores que transportam mercadorias da zona de Quimbumba (Soyo) para o Porto de Tier (Cabinda), sem o cumprimento das medidas de segurança e navegabilidade.
O contrabando de combustíveis, por via marítima ,para os dois congos é um dos novos modos operandi dos traficantes que, nos últimos meses, tem conhecido níveis acentuados. Regista-se, também, violações das águas territoriais por embarcações desconhecidas para pesca ilegal.