Ndalatando - O deslizamento de terras nos encontros da ponte sobre o rio Mucoso, na Estrada Nacional 221, é o resultado de actividades de exploração de areia à volta da infra-estrutura, informou na segunda-feira o director provincial do Cuanza Norte do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA), Miguel Nelembe.
Em declarações à ANGOP, Miguel Nelembe referiu que o processo erosivo dos encontros da ponte foi provocado pela retirada das pedras que serviam de protecção dos solos e para amortecer a força das águas do rio do caudal intermitente.
Neste momento, continuou, estão a ser mobilizados os equipamentos, com os apoios de empresas do sector da construção que operam na cidade do Dondo, com o objectivo de repor o aterro nos encontros da ponte.
Os trabalhos, informou, poderão durar 10 dias, tempo que a circulação naquela estrada estará interrompida.
Referiu que, dadas as características do próprio rio e das áreas envolventes, completamente submersas, não é possível encontrar uma via alternativa no Dondo.
Miguel Nelembe informou que a ponte de 60 metros de comprimento e 12 de largura foi objecto, recentemente, de um estudo do Ministério das Obras Públicas e Construção para o reforço do pilar intermédio, devido aos danos sofridos na sua estrutura.
A destruição parcial da ponte provocou a interdição da circulação rodoviária entre a cidade do Dondo, município de Cambambe (Cuanza Norte) e o resto do país.
O sinistro interrompeu também a ligação entre Luanda e as províncias do Sul, Norte e Leste do país, passando pelo Dondo.
Centenas de viaturas de passageiros e de mercadorias ficaram retidas várias horas no Dondo, nos dois sentidos.
Alternativas
Enquanto durar a situação, como alternativa os automobilistas no percurso Luanda/Dondo e províncias do sul do país deverão utilizar a rota Maria Teresa/Caxilo/Ndalatando/AltoDondo, passando pelo morro do Binda, até ao destino desejado.
Os provenientes do Sul do país terão que desviar no Alto Dondo e passar pelo Morro do Binda para atingir a capital do país.DS/IMA